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Pinheiros blinda nadadores sobre prisão de Coaracy e de dirigentes da CBDA

Na apresentação oficial da equipe de natação do Pinheiros – reforçada por Cesar Cielo -, o clube optou por blindar os atletas em relação à Operação Águas Claras, que resultou na prisão do presidente Coaracy Nunes e de outros membros da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Quando os atletas foram questionados sobre o tema, o diretor de comunicação e marketing do Pinheiros, Mario Gasparini, assumiu a palavra.

“Todos nós fomos surpreendidos com essa notícia. Estamos hoje (quinta) comemorando e apresentando nossa equipe, o Brasil tem passado momentos bem delicados, de reavaliação de processos, é um peso muito grande colocar nas costas do Albertinho (técnico) ou do Cesão. As notícias ainda são precárias”, disse, nesta quinta-feira.

“A posição oficial do Pinheiros é que estamos sempre ao lado da Justiça, a favor que a apuração seja feita, transparência em primeiro lugar, não falamos sobre pessoas, pedir que focasse na equipe e na apresentação da equipe, podemos voltar a discutir quando tiver elementos mais concretos para não cometer injustiça ou deixar os atletas em situação delicada. Não é nosso objetivo hoje”, completou.

Diante do cenário de crise, a CBDA havia anunciado que levaria apenas oito atletas para o Mundial de Budapeste, em julho. Apesar do momento turbulento, Cielo afirmou que o foco dos atletas é na preparação, discurso endossado por João Gomes Jr. e por Manuella Lyrio.

“A gente controla o que pode controlar, tem de nadar rápido e treinar. Muita coisa pode mudar, pode ser que a gente tenha um novo presidente em semanas. Vamos fazendo o que podemos, se vai ter duas ou 20 vagas, a gente não sabe, nosso objetivo é fazer melhores marcadas do ano no Maria Lenk”, disse o recordista mundial nos 50 metros livre e campeão olímpico nos Jogos de Pequim, em 2008.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a operação Águas Claras para apurar um esquema de desvio de recursos públicos repassados à CBDA. A PF cumpre quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Até o momento, o presidente Coaracy Nunes, o coordenador técnico do polo aquático, Ricardo Cabral, e o diretor financeiro da confederação, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, estão entre os detidos. Quem está foragido é o superintendente Ricardo de Moura, que até pouco tempo atrás era candidato da situação na eleição presidencial.

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