Piloto da Fórmula Truck vai dos campos para os autódromos

Entre os destaques da competição está o paranaense Raijan Mascarello, natural de Francisco Beltrão, que compete com o caminhão 71 da DF Racing Fans.

De família de fazendeiros, Raijan, 41 anos, aprendeu desde cedo a controlar máquinas pesadas comuns ao meio rural, como tratores, plantadeiras e colheitadeiras. Dos campos para as pistas foi um pulo, e aos 16 anos Raijan estreou nas competições de autocross, passando também pelo GP. Mas, apesar de gostar de correr com carros, queria mais emoção e assim, em 2013, foi parar na F-Truck.

“A corrida de Stock é diferente, é mais suave. Na F-Truck o sistema é bruto, tem muita velocidade, muita força. É uma máquina de cinco toneladas sob o controle do piloto, tem que ter muita experiência e consciência”, fala, rápido e empolgado, para depois acrescentar que, no Brasil, a F-Truck é a categoria de maior velocidade, alcançando até 215 quilômetros por hora nas retas. “Para um caminhão, isso é assustador”.

Herança

A paixão por corridas foi herdada pelos dois filhos, Vitor Hugo, de 17 anos, que compete no kartódromo há dois anos, e Raielli, de apenas 11 anos e já veterana nas categorias cadete e novatos. Raijan conta que o único membro da família que não foi seduzido pelo ronco dos motores foi sua esposa, Francieli. “Mas ela nos apoia e viaja junto durante as competições”, explica Raijan.

Sobre essa segunda etapa do Campeonato Brasileiro, Raijan conta que intensificou a preparação e que afinidade com a equipe técnica é fundamental para acertar os ajustes do caminhão. No entanto, o piloto criticou as novas regras do regulamento.

“Acho que o catalisador deveria voltar. Sem ele, o ronco é mais alto e a resistência é maior. Mas os critérios de medição dos níveis de fumaça não estão claros, aí as equipes não têm certeza sobre como ajustar o caminhão e os competidores podem ser penalizados injustamente”, avalia ele.

Colaborou: Carolina Pompeo