O meia Petkovic voltou à Gavéa em junho sob grande desconfiança. Sua contratação, decidida para sanar uma dívida e aliviar as contas do clube, causou uma racha na diretoria e provocou a saída da antiga cúpula do futebol. Hoje, no entanto, o sérvio de 37 anos comanda a arrancada do Flamengo no Campeonato Brasileiro e é peça fundamental no esquema tático do técnico Andrade.
“Considero normais as dúvidas sobre o meu retorno. Mas apostei em mim, na minha força de vontade. Queria ajudar, nem que fosse dando conselhos aos mais jovens. Se jogasse um minuto ou 90, iria ajudar de alguma maneira”, comentou o veterano jogador nesta segunda-feira, em entrevista ao SporTV, após marcar dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o líder Palmeiras, no domingo.
À época de sua contratação, o vice de futebol, Kleber Leite, e o técnico Cuca eram contra o acordo com Petkovic. Mas o presidente em exercício, Delair Dumbrosck, bancou o seu retorno. Com a saída de Cuca e Kleber Leite, e a efetivação de Andrade, Pet se firmou entre os titulares. O jogador ressaltou que quem tinha muito mais a perder era ele, e não o clube.
“A pior hipótese não era que eu não jogasse, e sim que eu jogasse e fizesse vexame. Afinal, eu era ídolo dessa nação. Mesmo que não atuasse nenhum minuto sequer, teria sido um bom negócio para o Flamengo”, afirmou. “Sou marrento porque quero ganhar, porque vejo as coisas erradas e não consigo ficar quieto. Falo mesmo”, comentou.