O destino do lateral-esquerdo uruguaio Alvaro Pereira na temporada de 2015 ainda é incerto. Após um ano defendendo o São Paulo, o jogador que também é presença constante na seleção de seu país está sendo muito assediado por clubes do exterior. Alguns casos são os de River Plate, da Argentina – recém campeão da Copa Sul-Americana e disposto a contar com o atleta na Copa Libertadores -, e Olympique de Marselha, atual líder isolado do Campeonato Francês e treinado pelo argentino Marcelo Bielsa.

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Com sua possível saída, o São Paulo exaltou o uruguaio em seu site oficial, destacando capítulos de superação, amor ao clube e demonstração de muita raça por parte do camisa 6 da equipe comandada por Muricy Ramalho. “Foi um ano muito bonito. Intenso. Infelizmente, alguns objetivos ficaram pelo caminho porque a gente queria conquistar títulos, mas ainda assim brigamos por coisas importantes” avaliou o experiente atleta, que já passou por Internazionale e Porto.

Alvaro Pereira foi titular do Uruguai na Copa do Mundo do Brasil, no meio do ano. O seu país ficou nas oitavas de final contra a Colômbia, mas o lateral-esquerdo mostrou raça e coragem como na partida contra a Inglaterra – vencida por 2 a 1, no estádio Itaquerão, em São Paulo -, em que recebeu uma joelhada na cabeça, desmaiou por alguns segundos em campo, mas se recuperou e voltou ao duelo até o seu final.

A mesma situação aconteceu em uma partida do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Em agosto, contra o Criciúma, no estádio do Morumbi, Alvaro Pereira bateu a cabeça no chão durante uma jogada no meio de campo e preocupou a todos. Atendido pelos médicos, mesmo após deixar o gramado na maca e quase sair de campo de ambulância, o jogador gesticulou que não deixaria o gramado e voltou. Minutos depois, desarmou o rival com um carrinho ainda no campo de defesa, no lance que iniciou a jogada do belo gol feito por Alan Kardec. Ovacionado pela torcida em campo, foi aplaudido por quase 50 mil torcedores por seu gesto de coragem.

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“Sempre tive ambição dentro de campo. Mas isso só foi possível porque me adaptei rápido com a minha família. O Brasil é um país que tem o coração do futebol e me recebeu muito bem. Vim da Europa, que tem um calendário diferente, mas consegui me adaptar ao do brasileiro. Então, no geral, posso dizer que a temporada foi boa”, comentou.

O uruguaio faz questão de agradecer por tudo que passou no São Paulo em 2014. “Sem dúvida jogar no São Paulo me ajudou. Além disso, pude conhecer um futebol novo e fazer amigos de verdade. E espero que as coisas possam continuar por este caminho e, assim, 2015 seja ainda melhor”, vislumbrou o jogador, que também fraturou o nariz atuando, diante do CSA, e permaneceu em campo para ajudar os companheiros.

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