?Perdedor de sorte? avança

Paris – A condição de lucky looser acabou se transformando num feliz momento para Flávio Saretta. Depois de perder na última rodada do qualifying e herdar uma vaga na chave principal de Roland Garros por causa de desistências, o brasileiro passou pela estréia ao vencer o inglês Greg Rusedski por 6/2, 7/6 (9/7) e 6/3.

Diante de um adversário que tem o saque como sua maior arma e está mais acostumado às quadras rápidas do que propriamente o saibro, como Rusedski, a sorte voltou a brilhar para Saretta. No tie break do segundo set, o tenista britânico tinha vantagem de 6 a 5 e falhou justamente na sua maior virtude. Cometeu duas duplas faltas e abriu as portas para o brasileiro vencer a série e depois dominar a partida.

?Foi um jogo muito diferente?, definiu Saretta. ?Senti dificuldades, pois o Rusedski não dá ritmo, os pontos costumam ser curtos e sofri um pouco com isso.?

Agora, Saretta tem a chance de voltar a fazer uma boa campanha em Roland Garros, como há dois anos, quando superou o russo Yvgeny Kafelnikov e alcançou a 3.ª rodada. Seu próximo adversario será o italiano Filippo Volandri, que ontem bateu o francês Cyril Saulnier por 6/0 6/2 e 6/1, em partida programada para amanhã.

Guga cai

Nem a mística de Roland Garros, o seu forte carisma de tricampeão e a emocionante força da sempre esperançosa torcida conseguiram evitar a derrota de Gustavo Kuerten na edição deste ano do Grand Slam francês. Com os problemas já esperados, como falta de preparo físico, ritmo e uma seqüência desesperadora de erros, Guga perdeu para o espanhol David Sanchez por 6/3, 6/0, 4/6 e 6/1.

O resultado vai trazer como conseqüência uma queda vertiginosa no ranking. O brasileiro, que já foi número 1 do mundo, deverá amargar um lugar acima dos 200. Mas, na realidade, não será penalizado, pois nas próximas competições poderá continuar usando o ranking de proteção, em número 30, o que garante sua classificação para os principais torneios do circuito.

?É sempre muito duro perder, especialmente em Roland Garros?, disse Guga, que iguala agora em 2005 o seu pior resultado no torneio, que foi em 1996, ano de sua primeira participação.

Copa Davis em Joinville

São Paulo – O Brasil enfrentará as Antilhas Holandesas, pela Copa Davis, na cidade de Joinville, em Santa Catarina, segundo anunciou ontem a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). O confronto da semifinal do grupo 2 do Zonal Americano acontecerá entre os dias 15 e 17 de julho e será a chance da equipe brasileira voltar para a segunda divisão do torneio.

O local escolhido foi o Centro de Eventos Cau Hansen, um moderno complexo esportivo-cultural na cidade. Para os jogos da Davis, onde será construída, a partir do dia 2 de junho, uma quadra de saibro coberta. Inicialmente, o mando de jogo era das Antilhas, mas, sem condições financeiras, o país caribenho repassou o direito ao Brasil.

Segundo o presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa, que comandava anteriormente a Federação Catarinense de Tênis (FCT), a escolha de Joinville trará um grande benefício financeiro à entidade.

?Joinville foi escolhida porque, dentre todas as cidades que se ofereceram para receber a Davis, foi a única que apresentou vantagens econômicas e que nos oferece um espaço para a realização não apenas do confronto, mas de outras atividades relacionadas ao desenvolvimento do tênis?, explicou Rosa.

Além dos jogos pela Davis, está programado um curso para treinadores. E o governo de Santa Catarina também prometeu doar um terreno para a CBT em Florianópolis, onde será construído um centro de treinamentos.

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