Pelo zika, EUA deixam decisão sobre presença na Olimpíada para os atletas

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) se manifestou nesta segunda-feira sobre o temor causado na delegação do país em relação ao vírus da zika. A própria entidade admitiu os perigos da contaminação, mas deixou claro que a decisão de vir ao Brasil para disputar os Jogos Olímpicos do Rio terá que partir de cada atleta.

“Vai depender de cada atleta individualmente tomar esta decisão. Nós não queremos nos envolver no negócio de policiar a saúde”, declarou o chefe-executivo da USOC, Scott Blackmun, nesta segunda.

Blackmun explicou que os dirigentes norte-americanos estão cientes dos perigos do vírus e acompanhando o desenvolvimento do assunto para determinar quais medidas tomar. Entre elas, o país trará médicos voluntários para proteger a delegação de doenças infecciosas durante a estadia no Rio. No entanto, o dirigente fez questão de explanar que o papel dos Estados Unidos neste caso é limitado.

“Eu acho que precisamos reconhecer qual é o nosso papel. Nós somos um dos 200 países que participará dos Jogos Olímpicos. Por definição, você precisa ter alguém no controle do projeto geral. Toda Olimpíada traz seu próprio conjunto de desafios que sempre resulta no questionamento das pessoas sobre a capacidade de realização dos Jogos”, disse.

Apesar dos esclarecimentos de Blackmun, o medo causado pelo zika e a ausência de resposta para algumas questões sobre o vírus deixaram alguns atletas com um pé atrás sobre a vinda para os Jogos Olímpicos. A goleira da seleção norte-americana de futebol feminino, Hope Solo, por exemplo, já afirmou que “provavelmente não iria ao Brasil se as coisas ficarem como estão”.

Blackmun, no entanto, minimizou as declarações dadas por alguns atletas à imprensa e disse que a delegação norte-americana deve vir completa. “Eu não estou sabendo de nenhum atleta que tomou a decisão de não ir aos Jogos Olímpicos por causa das condições no Rio.”

O vírus da zika é transmitido através do mosquito Aedes aegypti, foi descoberto recentemente e pode ser a causa de microcefalia nos bebês das mulheres infectadas. Até por isso, diversas atletas já manifestaram o temor e ameaçaram não vir ao Rio para a Olimpíada se não tiverem mais respostas sobre o problema.

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