Peixe olha pro bolso na hora da decisão

É decisão, hora de fazer caixa. A diretoria do Santos até prefere disputar os dois jogos das finais do Campeonato Brasileiro no Morumbi, caso o adversário seja o Corinthians, só não pode assumir publicamente a posição para não se indispor com sua torcida. Até mesmo se a decisão for contra o Fluminense a tendência que o clube mande o seu jogo no estádio do São Paulo, não só por questões financeiras, mas também em razão das exigências do regulamento da competição e das restrições que o Corpo de Bombeiros faz para a lotação total da Vila Belmiro.

De acordo com o Santos, a capacidade do seu estádio é para 25.160 espectadores, com base num laudo expedido pela Secretaria de Obras da Prefeitura de Santos, há dois anos. Porém trata-se de um atestado sem valor diante da avaliação técnica feita pelo 6.º Grupamento de Incêndio do Corpo de Bombeiros, em 22 de novembro passado, quando foi reavalidado o auto de vistoria da Vila Belmiro. “A recomendação contida no auto de verificação limita a capacidade do estádio Urbano Caldeira para 20.120 espectadores. O Corpo de Bombeiros não fiscaliza se o auto de verificação está sendo ou não respeitado, mas em caso de algum acidente, os responsáveis respondem criminalmente pelo ocorrido”, explica o capitão Eduardo Nocetti respondendo interinamente pelo comando do Corpo de Bombeiros em Santos.

Espaço

Há controvérsias sobre o direito do Santos mandar o seu jogo da decisão em casa. Fala-se no clube que, a pedido de Leão, foi feita uma consulta à CBF e que a resposta foi que as partidas da decisão terão que ser disputadas em estádios com capacidade mínima de 25 mil e que a Vila Belmiro tem condições de ser utilizado, com base no laudo da Secretaria de Obras da Prefeitura.

Porém, além das restrições do Corpo de Bombeiros, os dirigentes sabem que enfrentariam sérios problemas para oferecer um mínimo de condições de trabalho às equipes de televisão, rádio e jornais nos limitadíssimos espaços reservados para a imprensa na Vila Belmiro, dos cuidados especiais quanto à segurança, além dos cerca de R$ 700 mil que o clube deixará de arrecadar da venda de ingressos.

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