Responsável por ‘revelar’ Alex no Coritiba e para o futebol profissional, em 1995, o técnico Paulo César Carpegiani trabalhou com o craque por um acaso. Atolado em dívidas na época, o Coxa não tinha dinheiro para contratar reforços e a solução do treinador foi apelar para as categorias de base.

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Porém, ele só chamou Alex para o profissional após uma certa ajuda. ‘Eu era treinador do time principal do Coritiba, eu ia fazer um coletivo e o Cláudio Marques (ex-jogador do Coritiba que treinou o Alex no futsal) me apresentou o Alex e me falou para eu dar uma olhada no menino. Não precisou de 10, 15 minutos para eu ver que ele tinha qualidade e uma visão de jogo impressionante. Ficou comigo e no domingo já coloquei ele para jogar’, relembrou Carpegiani, citando a estreia de Alex, na vitória por 3 x 1 do Alviverde em cima do Iraty. Na partida, o jogador, que começou como titular, precisou de apenas três minutos para dar o passe para o segundo gol alviverde, de Daniel.

Na época, o técnico queria evitar utilizar a garotada, para não queimar as revelações, uma vez que o Coritiba atravessava uma crise dentro e fora dos campos. Mas acabou se rendendo ao habilidoso meia de 17 anos. No entanto, apesar de ver um bom jogador naquele menino, Carpegiani não imaginava que o atleta se tornaria um ídolo por onde jogou. ‘Você não deslumbra que o Alex poderia se tornar este grande jogador. A gente via qualidade, um talento, uma personalidade muito forte, e isso se evidenciou. Ele foi o destaque do campeonato comigo, logo depois foi para o Palmeiras e eu acompanhei à distância o Alex’, avaliou.

Reprodução
Matéria da Tribuna mostrando que Carpegiani apostava na molecada.

Reencontro

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Seis anos mais tarde, em 2001, os dois se reencontraram. Mas por muito pouco tempo. Na época, Carpegiani era o comandante do Cruzeiro e acabou sendo demitido na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. No último jogo dele na Raposa, escalou Alex no seu meio-campo, na derrota por 2 x 1 para o Atlético, no Independência. Foi a segunda e a última vez que trabalharam juntos.

Méritos

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Mesmo sendo o ‘descobridor’ daquele que certamente é um dos maiores ídolos da história coxa-branca, o técnico não se vê como o responsável por transformar Alex no jogador do nível que se transformou. Segundo ele, isso é mérito do próprio meia. ‘Só tive a chance de dar a oportunidade a ele e desenvolver a carreira dele jogando pela primeira vez comigo no profissional. Mas o mérito de ter alcançado tudo que alcançou na carreira é todo do Alex. Ele foi ídolo por onde passou’, completou Carpegiani.