Paulo Campos mantém confiança no time do Paraná

Contrariado com algumas críticas – chegou a citar uma certa “má vontade” com o Paraná Clube – o técnico Paulo Campos fez uma análise detalhada do momento do clube e daquilo que o tricolor ainda pode render neste Brasileirão. Assegurou ter um bom relacionamento com a diretoria, reiterando que todos os pedidos têm sido atendidos e que os reforços estão sendo contratados. “Não adianta, no entanto, sonhar com nomes de impacto. Trabalhamos dentro da disponibilidade do clube.”

No momento em que a parceria foi firmada e o treinador contratado, a política econômica foi bem definida. O objetivo do Paraná é trabalhar com atletas desconhecidos, mas de bom nível. “A meta é fazer uma campanha equilibrada e colocar jogadores na vitrine”, reconhece Paulo Campos. O sucesso da parceria só poderá ser medido ao término do brasileiro, quando a possível venda de um ou dois valores reverterá em lucro para os “cofres” do clube e do empresário Sérgio Malucelli.

“Quando assumi, deixei claro que confiava no trabalho de todo o grupo. Com bons jogadores faríamos uma campanha muito boa. Com jogadores muito bons, teríamos resultados excelentes”, citou o técnico. Paulo Campos deixa claro que não tem “estrelas” no grupo. “Não temos o fora de série, mas também não temos cabeças-de-bagre. É nesse equilíbrio que reside a força do Paraná para a seqüência da competição”, avisa. Com este grupo, acredita que o tricolor chegará no ano que vem brigando pelo título estadual, apesar de algumas carências.

Para o treinador, a diretoria não pode dispor de mais recursos para a contratação de jogadores. “Não critico os dirigentes, pois o orçamento é curto e o Paraná não dispõe dos mesmos recursos de Coritiba e Atlético, por exemplo. Mas, nossa campanha é boa, apesar dos últimos resultados não terem sido aqueles que esperávamos”, comentou. Paulo Campos usa por base o número de oportunidades criadas nas partidas contra Ponte Preta e Botafogo para tranqüilizar os atletas.

“Só mostrei que o trabalho está sendo bem feito. Se a ansiedade for controlada, temos tudo para voltar a vencer e começar a diminuir essa diferença para os líderes”, disse. Nos últimos dias, a diretoria fez seguidas reuniões com integrantes da comissão técnica. Se houve cobranças, elas foram mantidas em sigilo. O que a diretoria fez questão de externar é que, apesar das quatro rodadas sem vitória, não há “crise” no Paraná Clube.

William Xavier machucou o joelho

O Paraná Clube pode perder um de seus reforços antes mesmo de sua estréia. O atacante William Xavier se submete hoje a uma ressonância magnética para um diagnóstico preciso sobre a extensão de sua lesão no joelho esquerdo. O atleta sofreu uma entorse e sente muita dor ao “bater” na bola. “Faço todos os movimentos sem problema. Tenho corrido e feito todos os exercícios, mas…”.

William Xavier foi registrado na CBF na última terça-feira. Os médicos do clube não descartam a possibilidade de que o jogador tenha que passar por uma artroscopia. Outros reforços também estão no departamento médico. Wellington Paulista continua tratando de dores nas costas e pela previsão só volta aos trabalhos com o grupo no fim de semana. “Talvez ele esteja liberado para o jogo frente ao Coritiba”, disse o médico Rafael Kleischmidt.

O meia Cristian, que também vinha num processo de evolução física, ficou ontem no departamento médico, reclamando de uma lombalgia. “Curioso, é que parece ser uma lesão parecida com a do Wellington”, comentou. Os dois jogaram juntos no Juventus. Hoje, Cristian faz uma tomografia computadorizada e é pouco provável que seja liberado para voltar aos treinos até a semana que vem. Outro jogador no D.M. é o zagueiro Nelinho, que se recupera de uma contusão no púbis.

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