Que normalidade nunca foi expressão típica do universo corintiano não chega a ser novidade. Prova disso é a conclusão do técnico Carlos Alberto Parreira sobre o fenômeno das ?super derrotas? que se instalou no Parque São Jorge no Campeonato Brasileiro. O treinador foi conciso: ?não tem explicação para isso!? afirmou. E não é para menos. Todos os quatro resultados negativos até aqui foram marcados por placares dilatados – 3 a 0 para o São Caetano e Atlético-PR, 4 a 0 diante do Grêmio e 4 a 2 frente o Santos.
Está aí a explicação para mais uma dessas curiosidades que insistem em acompanhar o Corinthians. A equipe chegou a estar isolada na liderança. Apesar disso, o saldo de gols era zero. Hoje é o terceiro, tem boas chances de passar à próxima fase (classificam-se os oito primeiros) e está com saldo de dois gols negativos, situação única entre os 14 clubes com melhor campanha.
Se antes da partida contra os santistas o comandante corintiano chegava a fazer brincadeiras com o tema – ?quando perdemos, nossas derrotas são caprichadas? -, agora volta-se para o equilíbrio da competição quando vai comentar o fato. ?Esse é o quarto Brasileiro que disputo e nunca vi nada parecido?, observou, referindo-se à irregularidade dos times.
E o técnico não conseguiu fugir de um dos maiores chavões do futebol para fazer outra análise, desta vez a respeito de todo o campeonato. ?Não há favorito. Não vejo nenhuma equipe que se destaque e que a gente possa falar ?nossa, esse vai ser campeão??, explicou. ?Mas tenho certeza de que o Palmeiras não vai disputar a segunda divisão?, ponderou sobre o arqui-rival.
Folga – O Corinthians não joga neste fim de semana. Volta ao campo apenas na quarta-feira, quando enfrenta o Figueirense. E a folga veio em boa hora. Parreira disse acreditar que esse tempo sem compromisso vai ser precioso para que o grupo de jogadores e a comissão técnica possam conversar e assim, identificar quais são os fatores que fazem com que a equipe se mostre apática em algumas partidas. ?Contra o São Caetano foi horrível. Não entendi a razão daquilo. Agora precisamos evitar que isso volte a acontecer.?