Parreira explica, explica, mas não justifica o empate

O técnico Carlos Alberto Parreira desfilou uma seqüência de chavões para tentar justificar o empate por 3×3 frente ao Uruguai.

Valeu de tudo, do “perigoso” 2×0 do primeiro tempo a inexplicável falta de concentração da equipe no segundo tempo. O treinador disse que em momento algum o Uruguai surpreendeu e até mesmo as alterações processadas por Juan Ramon Carrasco foram previsíveis. Creditou à falta de sorte o resultado que impediu que o Brasil atingisse sua meta de virar o ano na liderança nas eliminatórias.

“Poucas vezes vi um resultado tão anormal. Só para terem idéia, foram 27 finalizações, com pelo menos dez chances reais”, disse. Mesmo assim, o empate só veio no final e nesse ponto, Parreira reconheceu: “Dos males, o menor”. Para o técnico, foi um acidente de percurso a virada uruguaia. “É só analisarmos os números. O Dida não fez uma defesa sequer.” Parreira só não soube justificar como um goleiro que “não participa do jogo” leva três gols. Creditou o insucesso, mais uma vez ao acaso, sem criticar nenhum atleta, apenas citando a infelicidade de Gilberto Silva no lance do terceiro gol.

Parreira disse ter alertado os atletas para a necessidade de voltar para o segundo tempo como se o jogo estivesse zero a zero. “Só que o time se desconcentrou. Quando sofremos o primeiro gol houve uma desestruturação completa e o Uruguai se empolgou”, disse. Para Parreira, a pressão que o Uruguai exerceu, a partir do momento em que passou a jogar com quatro avantes, foi natural. “As mudanças que fizemos também surtiram efeito e todos entraram bem. Com isso, retomamos o controle e pressionamos até fazer o empate”, disse.

O técnico não confirmou se o time de ontem passa a ser a sua base para a seqüência das eliminatórias. Para ele, o próprio Renato, um dos destaques do primeiro tempo, também caiu muito de produção na fase final.

Os sucessivos erros da defesa são, para Parreira, uma questao de ajustes no posicionamento, pois o sistema de marcação está operando com sucesso. O treinador não gostou de ser questionado sobre um possível atraso nas alteraçães. “A análise disso cabe a vocês. Acho que o time foi bem e deixou de fazer três ou quatro gols no primeiro tempo.”

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