Parreira agita Granja Comary

A visita do técnico Carlos Alberto Parreira e do coordenador Zagallo mudou a rotina de 24 garotos de 16 e 17 anos, convocados para a seleção brasileira sub-17, que se preparam há dez dias na Granja Comary, em Teresópolis, para a disputa do campeonato sul-americano.

“Estamos ansiosos, só falamos disso desde segunda-feira, quando soubemos que viriam”, contou o meia Júnior, do Vasco.

Parreira e Zagallo viajaram pela manhã para assistir a um jogo-treino da equipe sub-17 com um combinado de Nova Iguaçu. A dupla logo entrou no vestiário dos meninos para rápida conversa. No olhar de cada um dos anfitriões, havia uma expressão de fascínio. Em silêncio, ouviram Parreira dizer que 11 anos atrás falou para um grupo da mesma idade, em Teresópolis, e que no meio deles estava Ronaldo, atualmente o maior ídolo do futebol do País.

A deferência aos dois campeões do mundo parecia paralisar a equipe. O garotos chegaram a um acordo, desde a véspera, para que duas ou três perguntas fossem feitas a Parreira e Zagallo. Queriam saber, por exemplo, qual a sensação de ganhar um mundial.

Mas ninguém pediu a palavra e até mesmo no início do treino, acanhados, os jovens jogadores procuravam não falar alto. Foram então repreendidos pelo técnico da sub-17, Marcos Castro, o Paquetá. “Gente, nada de vergonha. Vamos trabalhar.”

O treino correu normalmente e Parreira, que completa hoje 60 anos, elogiou para Zagallo o desempenho de Júnior. “Como sabe sair bem com a bola…” O comentário vazou e deixou Júnior exultante. “Quem falou? O professor Parreira? É sério? Acho que agora minha ansiedade vai aumentar”, disse o meia, discreto, sem que os colegas percebessem o motivo de sua alegria.

Quatro estrelas

A camisa dos atletas da seleção sub-17 ainda não ganhou a quinta estrela, referente ao pentacampeonato mundial. A assessoria de imprensa da CBF informou que a Nike está providenciando uma nova remessa de uniformes à entidade.

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