Paranaenses largam para a Série C, o Brasileirinho

Com o Londrina praticamente rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro e o trio-de-ferro lutando com todas as forças para se manter na primeira divisão, Cianorte, Nacional e Iraty iniciam amanhã a briga para ser os representantes paranaenses na Série B do próximo ano.

A disputa da Série C deste ano terá 60 equipes, que na primeira fase jogam em grupos de quatro, classificando-se duas equipes para a fase seguinte. Os três representantes paranaenses estão no grupo 15, que conta ainda com o vice-campeão catarinense, o Atlético Hermann Aichinger.

O Paraná, com Cianorte, Iraty e Nacional, é um dos estados com maior número de participantes, igualando-se a mineiros e gaúchos. Os paulistas têm seis vagas e os cariocas, quatro.

Investimentos

Para a disputa da Terceirona, o Cianorte investiu alto. A diretoria manteve o goleiro Adir, o zagueiro Édson Santos, o volante Cuca, o meia Fernandinho e os atacantes Samuel e Márcio Machado. Juntam-se a eles os reforços Maico Gaúcho, meia do XV de Campo Bom (RS) e o atacante Marcelo Peabiru, que teve uma rápida passagem pelo Santos em 2003. O técnico é Serginho Prestes, que foi auxiliar de Caio Júnior no paranaense.

A aposta do Nacional é continuar confiando nos nomes que levaram o time à Série Ouro de 2004, a começar pelo técnico Itamar Bernardes. Com ele, voltam a equipe o lateral-direito Juninho e os volantes Edílson e Tião. Dos que disputaram o paranaense este ano retornam apenas o goleiro Felipe, o atacante Magrão e o meia Juliano. Outros reforços vieram do Paranavaí: os zagueiros Alex e Vanderlei Gaúcho e o meia Itamar.

O Iraty, cujo presidente é o empresário Sérgio Malucelli, foi quem menos contratou. A única novidade é o meia Saulo, ex-Criciúma. No ano passado, o alviceleste fez fiasco na Terceirona e este ano pretende fazer da competição um laboratório para o estadual de 2005.

Caldeirão no caminho dos nossos times

Santa Catarina também tem o seu “Caldeirão do Diabo”. Trata-se do apelido do Estádio Hermann Aichinger, casa do Atlético Hermann Aichinger, vice-campeão catarinense. A equipe vermelha e branca da cidade de Ibirama, de colonização alemã, está no grupo 15 da Série C.

O campo de batalha do Hermann ganhou esse nome porque o time costuma infernizar os times mais tradicionais e acabou inspirando o batismo do mascote do clube: o Capeta. Antes das partidas disputadas em Ibirama, o “endiabrado” costuma desfilar pelo gramado com o mascote do time adversário espetado em seu garfo. O mascote do Hermann é tão audacioso que, certa vez, quando indagado sobre o que esperava da partida não titubeou: “Se Deus quiser, vamos vencer o jogo”.

O clube sempre disputou competições no futebol amador catarinense e no início dos anos 90 iniciou um trabalho de base. O resultado foi tão bom que em 1992 a equipe participou, em Curitiba, do Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol Amador, representando Santa Catarina. No ano seguinte, a equipe profissionalizou-se e sagrou-se campeã da 2.ª Divisão Catarinense. Por problemas financeiros, o clube licenciou-se e só retornou ao futebol profissional em 2001, novamente na segundona. Neste ano, sagrou-se bicampeão e voltou à elite. O Atlético de Ibirama – como é conhecido – obteve a melhor colocação de sua história e com o vice-campeonato de 2004 garantiu uma vaga inédita na Copa do Brasil de 2005. Mas, antes disso, o Hermann pretende fazer bonito na Terceirona e infernizar a vida de seus adversários.

Voltar ao topo