Paranaenses brilham nos Jogos Mundiais de Verão

Um grupo de cinco atletas especiais que moram em Curitiba e que participaram dos Jogos Mundiais de Verão da Special Olympics, de 16 a 30 de junho, na Irlanda do Norte, foi recepcionado ontem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, por amigos, familiares e professores. Todos os atletas são portadores de algum tipo de deficiência física ou mental e alunos das escolas especiais Primavera e Mercedes Stresser.

O grupo partiu para a Irlanda do Norte no último dia 11 e voltou com quatro medalhas na bagagem: uma de ouro em tênis, conquistada por Robson de Oliveira Teodoro, uma de prata, conquistada por Mariana Matar na natação, e duas de bronze, conquistadas por Gleisa Alves da Silva no atletismo e André Rossano na patinação. A atleta Eliane Miranda, que também competiu na Irlanda, conquistou o quarto lugar na patinação.

“No Brasil, os atletas portadores de necessidades especiais são muito pouco reconhecidos e valorizados”, afirmou a professora e diretora da escola Primavera, Elizabeth Hay Nunes. “Faltam campeonatos e pessoas dispostas a patrociná-los. Espero que as medalhas que nossos alunos trouxeram da Irlanda, demonstrem que eles são bastante capazes e, como qualquer outra pessoa, podem representar muito bem o Brasil em competições esportivas internacionais.”

Os cinco atletas do Paraná foram à Irlanda com uma comitiva de outros 31 atletas brasileiros. Disputaram com outros sete mil atletas de todo mundo. O campeão Robson não escondia a felicidade de ter ganho a medalha de ouro. Com 21 anos de idade, ele começou a jogar tênis em 1999. “Estou muito feliz”, disse. “Acho que eu e os outros paranaenses fizemos a nossa parte e conseguimos trazer vários títulos ao Brasil. Foi muito importante representar o nosso país.”

O treinador de Robson, Laércio Guimarães, que presta serviços voluntários junto a pessoas portadoras de necessidades especiais, também não disfarçava o orgulho. “É muito gratificante saber que o meu trabalho está dando certo e que o esforço de Robson está sendo valorizado. Muitas vezes, um atleta não portador de deficiência não consegue se sair tão bem no tênis e não tem a dedicação que Robson teve para trazer a medalha de ouro. Ele, como todos os outros atletas que foram para a Irlanda, são de muito valor para o Brasil”, finalizou Laércio.

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