A diretoria do Paraná Clube não está com pressa para escolher o ovo técnico que comandará o clube na próxima temporada. Segundo o diretor de futebol paranista, Durval Lara Ribeiro, Fernando Miguel, que era auxiliar do técnico Fernando Diniz e faz parte da comissão técnica permanente do clube, deve comandar o Tricolor nas últimas dez rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro.

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Ainda de acordo com Vavá, os treinadores desejados pela diretoria paranista estão empregados atualmente. “O Fernando Miguel já foi atleta da casa, tem um perfil bom, é um guri que se mostrou trabalhador desde o começo do ano. É um cara que entende de futebol. Vamos dar toda força a ele até o fim desses jogos. Não queremos buscar ninguém com pressa, não posso citar nomes, pois os treinadores que a gente quer estão trabalhando”, afirmou o dirigente.

O zagueiro Luciano Castán apoiou a decisão da diretoria na manutenção de Fernando Miguel para comandar o Tricolor até o final da Série B. “Vamos buscar dar bastante apoio para o Fernando Miguel, vamos continuar focados, pensando jogo a jogo, a começar pelo jogo de sexta-feira, contra o Criciúma. Ter uma pessoa dentro do clube, que conhece todos os jogadores, o clube, é muito bom e é um fator positivo para o próximo jogo”, acrescentou o defensor.

Nas entrelinhas, Durval Lara Ribeiro deixou claro que o técnico Fernando Diniz tinha perdido a mão sobre o grupo paranista e garantiu que vai buscar um treinador com espírito vencedor. “Vamos buscar um treinador que seja vencedor, que o grupo tenha confiança, que nós da diretoria tenhamos confiança e que o time jogue com alegria”, pontuou.

Surpresa

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A demissão do técnico Fernando Diniz pegou os jogadores do Paraná Clube de surpresa. Apesar de algumas desavenças que o ex-treinador paranista tinha com alguns jogadores, o clima, ontem de manhã, antes do treinamento, não era dos melhores. Antes do técnico interino, Fernando Miguel, comandar seu primeiro trabalho tático com o grupo, uma reunião foi realizada entre jogadores, comissão técnica e diretoria.
O zagueiro Luciano Castán, diferentemente do que deu a entender a diretoria, garantiu que o grupo estava fechado com o treinador e que, por isso, a notícia da demissão de Fernando Diniz foi surpreendente aos olhos do elenco tricolor. Ele desmentiu que, após o revés para o Atlético-GO, Diniz tenha tido desentendimento com algum jogador, mas admite que não apenas os resultados negativos recentes culminaram com a saída do treinador. “O futebol consiste muito em resultados. Acumulou outras coisas também”, acrescentou. 

Carlão foi um dos indicados por Fernando Diniz.

Carlão: é a “cultura”

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Indicado pelo técnico Fernando Diniz, o atacante Carlão justificou a saída do treinador à cultura do futebol brasileiro. “Ninguém esperava por isso. Sabemos que no Brasil é muito comum toda essa questão de resultado. Se não vai bem, é mais fácil trocar um do que trocar 30. Com o trabalho a gente vinha evoluindo, mas os resultados não estavam acontecendo. Mas nós, jogadores, somos os responsáveis”, emendou.

O centroavante não escondeu que a demissão de Diniz abalou o grupo e afirmou que a missão agora é absorver isso o quanto antes e focar na sequência da Série B. “A gente fica meio assustado, pois era algo que a gente não esperava. Mas o grupo é muito bom, tem excelentes profissionais. Está todo mundo junto, unido e vamos absorver logo isso, pois o futebol é muito rápido e não podemos mais esperar muito para fazer as coisas acontecerem”, concluiu Carlão.