Se em campo o Paraná ainda não vive uma situação confortável, uma vez que está em 12º lugar, con onze pontos, mesmo vindo de duas vitórias e um empate, fora dele a situação está bem mais tranquila. O velho fantasma do salário atrasado, que todo ano assombrava o clube, pelo jeito virou coisa do passado. Desde a saída do presidente Rubens Bohlen, há três meses, quando assumiu o grupo “Paranistas do Bem” justamente com a promessa de resolver o problema, os pagamentos têm sido realizados na data correta.

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Indiretamente, o equilíbrio financeiro vem ajudando o time nesta recuperação. “Agora está tudo resolvido, a situação dos salários está caindo em dia, nós não podemos reclamar disso”, admitiu o goleiro Wendell. “Isso afeta sim no campo um pouco. Nós jogamos com a cabeça melhor. Que bom que o Paraná deu essa evoluída e agora é manter para estar sempre em dia, certinho, para sairmos com as vitórias”, acrescentou o atual dono da camisa 1.

O zagueiro Luiz Felipe foi outro que destacou a diretoria estar cumprido com o prometido. “Eles vieram com a proposta de deixar tudo em dia e estão cumprindo com isso. Estão deixando a gente bem tranquilo para somente jogar bola e fazer o nosso papel dentro de campo”, valorizou.

Quando quitar os salários até o quinto dia útil de julho, será a quarta vez que o grupo de empresários paranistas irá pagar os salários dos atletas esse ano. Os funcionários do social também têm recebido, mas em um dia diferente dos trabalhadores do futebol.

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Atrasados do ano passado, principalmente férias e décimo-terceiro, ainda ficaram pendentes para algumas pessoas. O clube tem renegociado caso a caso.
Ano passado os jogadores chegaram a oito meses de atrasados e fizeram uma entrevista coletiva prometendo fazer grave. Algo que realmente ocorreu com paralização de três dias dos funcionários da Vila Olímpica.

Time ofensivo no treino

O Paraná pode ter uma pequena alteração tática para a partida contra o Criciúma, sexta-feira, às 19h30, no Couto Pereira. Ontem, no treinamento realizado no CT Racco, o técnico Nedo Xavier escalou o atacante Paulo Henrique no lugar do volante Éder, que está suspenso.

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Assim, o Tricolor foi escalado com Wendell; Ricardinho, Luiz Felipe, Luciano Castán e Fernandes; Jean, Washington, Rafael Carioca e Marcos Paraná; Paulo Henrique e Fernando Viana. Em teoria, um time mais ofensivo. “O Éder é um jogador muito importante na nossa equipe, um cara de movimentação, que busca sempre o jogo. Mas temos bastante jogadores de qualidade. quem entrar vai ser tranquilo, vai cumprir o papel normalmente”, afirmou o zagueiro Luiz Felipe.

Um dos poucos remanescentes da equipe que disputou o Paranaense, Paulo Henrique chegou na Vila Capanema no começo do ano, emprestado pelo Atlético-MG. No Brasileiro, ficou a maioria das partidas na reserva e se destacou na penúltima rodada, na vitória sobre o Mogi Mirim, quando fez um gol e chorou na comemoração.

Contra o Criciúma, o Paraná tentará manter a invencibilidade de três jogos na Série B. “Nossa equipe melhorou nesses três últimos jogos. Essa partida agora em casa é muito importante para dar uma subida na tabela do campeonato”, destacou o goleiro Wendell.

Neguinho demitido

A terceira passagem de Neguinho pelo Paraná durou apenas três meses. Contratado no dia 30 de março de 2015, o profissional foi indicado ao clube por Durval Lara Ribeiro, o Vavá, atual mandachuva do futebol paranista. Neguinho participou ativamente da montagem do atual elenco do Tricolor para a Série B.

Para seu lugar, o clube deve anunciar a promoção de Mathias Lamers, que até então vinha trabalhando como supervisor da base, no CT Ninho da Gralha.
Antes de retornar ao Tricolor neste ano, Neguinho havia defendido a camisa tricolor como jogador, nos anos 1990, e comandado a equipe no Torneio da Morte do Paranaense de 2004.

Em 2015, Neguinho foi o técnico do Rio Branco dur,ante parte do Estadual. No Leão da Estradinha, havia chegado para ser o gerente de futebol do clube e acabou assumindo a função de treinador nas rodadas finais.