Após dois empates seguidos sem gols dentro de casa, o Paraná Clube trabalha para vencer a partida contra o Criciúma, na sexta-feira (22), às 19h15, no Heriberto Hülse. Para isso, o time tem intensificado o trabalho do ataque. Com dez dias para treinar a equipe, o técnico Marcelo Martelotte não se preocupou apenas em acertar os pés dos atacantes, mas também em motivar o grupo.
“Eu acho que agora o time está encorpado e com as contratações que chegaram, eu tenho certeza que a gente vai brigar pelo acesso. Todo mundo está falando que a gente não está conseguindo a vitória dentro de casa, é claro que todo mundo queria isso, mas a gente está há cinco jogos sem perder e é muito importante”, comentou o meia-campista Nádson.
A vitória é mais do que necessária. O time, que vinha de duas vitórias fora de casa, contra Bragantino e contra o líder Vasco da Gama, esfriou na temporada com os empates na Vila Capanema e ficou mais longe do G4. Se no jogo contra o Avaí, a distância paranista para os quatro melhores do campeonato era de apenas um ponto, agora são quatro que separam o Tricolor do Atlético-GO, quarto colocado. O Paraná tem 25 pontos.
Para complicar, o Criciúma está na cola na tabela. Apesar de estar na sétima posição, a equipe catarinense tem 23 pontos, o que torna o jogo de sexta-feira ainda mais importante. Os dois travam um confronto direto – aquele famoso jogo de seis pontos. Se vencer, o Paraná não entra no G4, mas pelo menos se aproxima dos primeiros da competição e não permite que Londrina, Brasil de Pelotas e o próprio Tigre o ultrapassem na tabela.
A esperança do Tricolor é que na partida longe da torcida, o time consiga tocar a bola e, com isso, finalizar com mais capricho. “Nós jogamos fora também procurando o gol. Diferente do que aconteceu com Avaí e Paysandu, que só se defenderam. O importante de tudo isso é que não nos distanciamos muito do G4 e ainda dá para buscar neste primeiro turno”, disse o zagueiro Leandro Silva.
Escalação
Sem poder contar com Lúcio Flávio, suspenso por causa do terceiro cartão amarelo, e com Robert, que rescindiu o contrato na segunda-feira (18), Martelotte deve começar o jogo com Robson, Henrique e Válber. As mudanças no ataque não preocupam Nádson. “Tem jogadores no elenco que podem fazer essa função (do Lúcio Flávio). Você pode ver que tem o Palmeiras que não joga com um centroavante, tem vários times que não jogam, e eu acho que o Robson e o Henrique podem fazer essa função”, disse o meia.
Já o restante da equipe deve permanecer o mesmo que atuou contra o Papão em casa. O volante Jean voltou a treinar com o grupo e está à disposição do treinador, mas a falta de ritmo de jogo deve influenciar na escolha – assim, a tendência é que Basso e Murilo continuem no sistema de marcação. A nova contratação paranista, o lateral-esquerdo Henrique Gelain, também está trabalhando com o grupo e já está regularizado no BID, ficando à disposição de Martelotte.
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