O grupo de 10 torcedores que pretende tirar o presidente Rubens Bohlen do poder no Paraná nega que isso seja um golpe. Denominadas de “Paranistas do Bem”, essas mesmas pessoas prometem um time forte para a disputa da Série B deste ano, com os débitos salariais pagos rigorosamente todo dia 10 do mês.

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Alegando que Bohlen tem que sair pelos inúmeros problemas que atravessa o clube, o grupo admite que pediu para que o dirigente “abrisse mão do seu mandato em prol do Paraná Clube” e fosse deslocado para outra função, citando que foi uma sugestão do próprio presidente em reunião do Conselho Consultivo. Com isso, o 1º vice-presidente, Luiz Carlos Casagrande, assume o cargo naturalmente por estatuto.

Mesmo dizendo que “não houve exigência para Casagrande assumir a presidência”, a manobra é evidente entre os integrantes. O vereador Tiago Gevert, por exemplo, admitiu que Casinha esteve presente em encontros entre eles para alinhar essa ajuda aos cofres tricolores, que foi motivada pela declaração do gerente de futebol, Marcus Vinícius, após a derrota no clássico para o Atlético – o dirigente afirmou que se a guerra de vaidades não acabasse, o clube iria acabar no final do ano.

Explicações

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Sem atender as ligações, os integrantes divulgaram uma carta para explicar o movimento que quer dar um suporte financeiro ao clube. A orientação atual é de que ninguém se manifeste publicamente sobre o acontecimento. Pelo menos com detalhes. A ideia é esperar a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo de hoje, a partir das 19h, na sede social da Kennedy, mas um problema impede tal objetivo da renúncia ainda nesta semana. Bohlen não vai estar presente, pois tem um encontro na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para apresentar um projeto que redistribua as cotas de televisão de uma forma mais justa.

Mesmo assim, o grupo pretende apresentar as três frentes que pretende realizar até dezembro deste ano: o retorno ao dia a dia do clube de todos aqueles que por algum motivo (independente de qual seja), acabaram se afastando do auxílio ao clube como um todo; salários absolutamente em dia; e administração do futebol profissional com conhecimento técnico para montar o elenco profissional altamente competitivo, mesclando jogadores da categoria de base e jogadores que venham honrar a camisa azul, vermelha e branca.

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Nomes

Os nomes de todos os participantes também foram revelados: o ex-presidente Aquilino Romani, os ex-dirigentes Waldomiro Gayer Neto e Durval de Lara Ribeiro, o ‘Vavá’, os ex-gestores das categorias de base, Renê Bernardi, Carlos Werner e Leonardo Oliveira, o antigo vice-presidente da Fúria Independente, João Quitéria, o vereador Tiago Gevert e os sócios Luiz Carlos Berleze e Osman Tomasi. Os ex-presidentes Aurival Corrêa e José Carlos Miranda, além do empresário Renato Trombini, que não foram citados, também estão por trás da movimentação
política.