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Paraná quer manter pegada da estreia hoje contra o Operário

Repetir a boa atuação da goleada contra o J. Malucelli, na largada do Campeonato Paranaense, é o objetivo do Paraná Clube para o duelo de hoje, diante do Operário, às 19h30, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa. Embalado e com um sistema de jogo bem definido, o time paranista, que contratou pouco e pelo menos na bolsa de apostas está longe de ser candidato ao título, quer ir comendo pelas beiradas e manter seu posto na parte de cima da classificação do Estadual.

Quem garante isso é o atacante Robson. O jogador, que foi um dos destaques na vitória sobre o Jotinha e, inclusive abriu o caminho para a goleada por 4×1, afirmou que o Tricolor vai trabalhar com os pés no chão e buscar primeiro a classificação. “A gente tem que manter os pés no chão, mas vamos brigar até o final (pelo título). Está em aberto, vamos buscar primeiro conseguir a classificação, para depois pensar nisso”, apontou o centroavante.

Estreia

O técnico Claudinei Oliveira deve manter a base da equipe que iniciou o duelo contra o J. Malucelli. A única novidade pode pintar na lateral-direita. Nei, apresentado oficialmente anteontem, mas que treina com o grupo desde a última quinta-feira, pode aparecer na equipe na vaga de Dick. O jogador, que ainda sente a falta de ritmo de jogo, vinha se cuidando antes de chegar no Tricolor e pode fazer a sua estreia.

“Já vinha treinando. Sou um cara que me cuido. Gosto de treinar e a gente inicia o trabalho com muita vontade e querendo ajudar. Estava treinando fora, mas são estímulos diferentes.
Foram dois meses, correndo de 8 a 10 km por dia. Tem uma base, mas os estímulos em campo são outros, mas a gente tem uma base para ajudar lá dentro”, apontou o experiente lateral.

Com a dúvida na lateral-direita, o restante da defesa deve contar novamente com o goleiro Marcos, os zagueiros Luiz Felipe e Alisson, além do lateral-esquerdo Fernandes. Os volantes Jean e Anderson Uchôa, que desempenharam funções importantes diante do Jotinha, serão mantidos no setor de contenção.

Confiança

Do meio para frente, o técnico Claudinei Oliveira não tem dúvida nenhuma de que irá manter o quarteto formado pelos meias Válber e Nádson, e pelos atacantes Robson e Lúcio Flávio. “Fico feliz que tenha dado certo e espero que, na quinta-feira (hoje), contra o Operário, a gente continue assim e os gols possam sair para ajudar o Paraná”, arrematou o atacante Robson.

Ataque promete em 2016

Ponto fraco na última temporada, sobretudo na Série B, o ataque do Paraná provou, logo na estreia do Paranaense, que 2016 promete ser melhor neste quesito. O quarteto Válber, Nadson, Robson e Lúcio Flávio fez o torcedor viajar no tempo e lembrar, por exemplo, do ataque poderoso formado em 2003, quando Caio, Marquinhos, Fernandinho e Renaldo deram muitas alegrias.

Na sua primeira entrevista coletiva este ano, o diretor de futebol, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, prometeu dar uma atenção especial ao ataque e formar um setor que pudesse relembrar grandes nomes que já vestiram a camisa do Tricolor. Depois da primeira rodada, o dirigente admitiu que viu algumas semelhanças com o ataque de 2003.

“Vejo sim algumas similaridades, mas acho que o quarteto atual tem ainda mais potencial. É claro que é apenas o primeiro jogo, mas por tudo que vimos, junto com nossos observadores, o Nadson tem mais qualidade que o Caio, pois além de velocidade tem mais técnica e poder de definição. O Robson vejo com um jogador mais completo que o Fernandinho, pois alia a técnica à força física. O Válber é tão criativo e magistral quanto o Marquinhos e, no ataque, o Renaldo era um matador nato. Hoje temos o Lúcio Flávio, que é um me,ia ofensivo adaptado a essa função de centroavante”, explicou Vavá, em entrevista à Tribuna.

“O ataque sempre foi a prioridade para este ano. Mas ainda estamos atentos ao mercado”, concluiu.