A vitória do Paraná sobre o América-MG enfim fez o time tricolor respirar aliviado, livre de qualquer risco de rebaixamento para a Série C. Ao final da partida, o técnico Fernando Miguel, emocionado, chorou.
Com 46 pontos, cinco a mais que o Ceará, primeiro time na zona de rebaixamento, a equipe paranista garantiu matematicamente a permanência mesmo com seis pontos ainda em disputa, graças aos critérios de desempate e ao confronto direto entre os cearenses e o Macaé, na última rodada da Série B.
Sufocado pela má fase e pressionado pela torcida organizada, que lançou no meio da última semana um protesto fazendo duras cobranças ao grupo de jogadores, o Tricolor entrou em campo disposto a decidir sua situação no campeonato, mesmo jogando diante de um adversário que dependia de apenas um empate para garantir o acesso à primeira divisão.
Contando com a volta de seus dois laterais titulares, Ricardinho e Rafael Carioca, o Paraná abusou das jogadas pelos lados e chegou a marcação de seu gol em uma jogada de linha de fundo, com cruzamento do atacante Henrique que Ricardinho cabeceou na trave, o atacante Lúcio Flávio aproveitou o rebote e cabeceou para o gol vazio, com 11 minutos de jogo.
Os visitantes sentiram o gol e não conseguiram encaixar seu jogo na primeira etapa. O trio ofensivo do Coelho, principal força da equipe mineira, ficou presa na marcação e pouco levou perigo ao gol de Marcos.
Mas a partida que caminhava tranquila no primeiro tempo mudou de cara no segundo. Precisando do resultado para subir, o América-MG se lançou ao ataque, deixando exposta sua defesa mas pressionando os donos da casa no meio de campo e retomando a bola perto da meta paranista. Os contra-ataques paranistas não funcionaram e o time passou praticamente toda a segunda etapa pressionado.
Mesmo salvo, a torcida organizada paranista protestou, abrindo uma faixa na arquibancada com os dizeres “Nenhuma vitória apagará a humilhação que estão nos fazendo passar. 1ª divisão já!”.