Os jogadores do Paraná tinham avisado. Nada de ter medo do Vasco. E o resultado foi uma atuação de alto nível, a melhor da temporada, e uma vitória de virada por 2×1, aproveitando os erros do líder da Série B e conseguindo um feito importantíssimo, que muda o patamar tricolor na competição – mesmo na nona posição, está agora mais perto do G4 e passa a ser um postulante real ao acesso.

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Veja como foi a vitória paranista no Tempo Real da Tribuna!

Marcelo Martelotte não tinha muitas opções. Voltou com Diego Tavares na lateral, recuou Leandro Silva para a zaga e apostou em Rafael Carioca na esquerda e Fernandes como volante. Sem João Paulo, Pitty, Jean, Anderson Uchôa, Lucas Otávio e Nadson, o Paraná ficava com uma condição ainda mais restrita de alterações táticas – só sete jogadores estavam no banco de reservas.

E a dificuldade aumentou com apenas seis minutos de jogo. Madson cobrou lateral, a bola passou por todo mundo e Nenê emendou de primeira, indefensável para Marcos. O Vasco já saía na frente. Logo depois, o Paraná reclamou de pênalti de Luan em Válber, que não foi marcado.

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Os donos da casa tinham sido efetivos na falha tricolor. Aos 12 minutos, Rodrigo falhou, Lúcio Flávio roubou e rolou para Válber, que chutou para fora. Se não aproveitara o erro adversário, o Paraná mantinha uma boa postura, equilibrando o jogo e tentando encontrar espaços entre as linhas de marcação bem organizadas do Vasco. Só finalizava pouco. Lúcio até tentou aos 31, mas a bola desviou e saiu. A resposta foi de Nenê, que arriscou e mandou para fora.

Só que o Vasco errou de novo. Aos 34 minutos aconteceu um fato bizarro – na falta cobrada por Válber, Jorge Henrique se antecipou a Basso, cabeceou para trás e enganou Martín Silva. É difícil imaginar Jorge Henrique ganhando por cima, ainda mais fazendo um gol contra assim. Mas foi o que aconteceu.

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O Tricolor terminava o primeiro tempo melhor. Sofria mais com os erros do assistente Lehi Sousa Silva, que marcou dois impedimentos inexistentes em lances de real perigo, do que com as tentativas do Vasco. Mas uma das peças importantes do domínio paranista não conseguiu voltar para o segundo tempo – com um corte na cabeça, Válber teve que ser substituído por Henrique.

E justamente o que Válber ajudava a fazer – o controle do meio-campo – foi perdido com sua saída. Com isso, os cariocas passaram a chegar com mais perigo. O contra-ataque ficou mais rápido com Henrique, mas os donos da casa passaram a dominar o jogo. E aos 13 minutos Nenê levou toda a defesa e passou para Andrezinho, que chutou com força. Marcos fez um milagre ao desviar a bola, que explodiu no travessão. Pouco depois, Leandrão cabeceou e quase marcou.

Com Rafael Carioca indo ao limite físico, Martelotte teve que tirá-lo do jogo para a entrada de Claudevan – Fernandes passou para a lateral e o garoto foi na dele, de volante. E aos 24 o Tricolor conseguiu seu primeiro arremate a gol, com Murilo cobrando falta para fora. Do outro lado, Marcos tinha que defender o sem-pulo de Nenê. E Rodrigo cabeceava muito perto.

Mas já era um momento de mais equilíbrio, pois além do Paraná se ajustar mais, a torcida do Vasco pegava no pé de alguns jogadores e deixava todo o time nervoso. Para ter uma última arma ofensiva, Robert entrou na vaga de Lúcio Flávio, que quase não pegou na bola no segundo tempo. E a troca deu muito certo.

Robert atrapalhou muito a zaga vascaína, que passou a cometer um erro atrás do outro. E num deles, aos 42 minutos, Robert tentou lançar, Aislan cortou e acertou a bola na cabeça de William e o lance sobrou para Robson, que arrumou a jogada e apenas rolou para Murilo marcar o gol da virada. Pela postura tricolor, uma vit&oacute,;ria justa. Pelo que ela representa, uma virada na temporada.

Ficha técnica

SÉRIE B
1º Turno – 13ª Rodada

VASCO 1×2 PARANÁ

Vasco
Martín Silva; Madson, Luan (Aislan), Rodrigo e Henrique; Diguinho, Julio dos Santos (William), Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique (Éder Luís) e Leandrão.
Técnico: Jorginho

Paraná
Marcos; Diego Tavares, Leandro Silva, Alisson e Rafael Carioca; Basso, Fernandes, Murilo e Válber (Henrique); Robson e Lúcio Flávio (Robert).
Técnico: Marcelo Martelotte

Local: São Januário (Rio de Janeiro-RJ)
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Assistentes: José Reinaldo Nascimento Júnior (DF) e Lehi Sousa Silva (DF)
Gols: Nenê 6 e Jorge Henrique (contra) 34 do 1º; Murilo 42 do 2º
Cartões amarelos: Julio dos Santos, Jorge Henrique (VAS)
Renda: R$ 91.210,00
Público pagante: 3.035
Público total: 3.468