Entra ano, sai ano e o problema no Paraná Clube é o mesmo. A situação financeira segue sendo uma ‘pedra no sapato’ do Tricolor em praticamente todas as temporadas. Em 2019 a história se repetiu. Salários atrasados foram apontados como uma das principais causas para que o time não conquistasse o acesso. Mas, não foi só isso.

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O Paraná esbarrou em alguns obstáculos criados por ele mesmo. Em seus bastidores, o Tricolor já teve um início de ano conturbado, com o pedido de demissão do ídolo e então diretor de futebol Marcos Oliveira. O ex-goleiro teve desavenças com a diretoria e optou por deixar o cargo.

Dentro de campo, o Paraná sofria para enfrentar os times do interior do estado no Paranaense. Na classificação geral, o Tricolor foi terminar atrás da dupla Atletiba e também de Londrina e Operário. Pela Copa do Brasil, a eliminação veio já na segunda fase, contra o Tubarão. Resultado que prejudicou ainda mais a parte financeira do clube.

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Na sequência, Dado Cavalcanti foi demitido. Novamente, o Paraná começava do zero em meio a uma temporada em andamento. Matheus Costa, o técnico do acesso em 2017, foi chamado pra remontar o grupo. No entanto, com a Série B já iniciada, foi a vez do executivo de futebol André Mazzuco pedir demissão para acertar com o Vasco da Gama.

Restou então ao treinador paranista e ao presidente Leonardo Oliveira cuidar de todo o departamento de futebol. Durante a Segundona, em 37 rodadas, o Paraná ficou no G4 em apenas três rodadas. No gramado, de bom ficou apenas a sequência de cinco vitórias consecutivas conquistadas entre a sétima e a 12ª rodada.

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Por outro lado, o que mais chamou a atenção durante a disputa da Série B foi a campanha do Tricolor como mandante. Se a Vila Capanema foi trunfo no ano do acesso, a ‘parada’ foi bem diferente neste ano. Dentro de casa, o Paraná enroscou, principalmente, em equipes que lutavam contra a zona do rebaixamento. Foram sete vitórias, nove empates e duas derrotas no Durival Britto.

Velho conhecido da torcida paranista, Alex Brasil chegou para liderar o departamento de futebol em agosto. Logo depois de sua chegada, veio um pacotão de reforços. Foram eles: o zagueiro Fabrício, os volantes Rodrigo e Guilherme Nunes, os meias Marquinhos e Vitinho e os atacantes Judivan e Pimentinha.

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Dos setes novos contratados, o atacante Judivan foi o que mais atuou. Foram 13 partidas e um gol marcado. Na sequência, o meia Vitinho, com 11 jogos e um gol feito. Depois, Pimentinha, que disputou oito confrontos e já ‘pediu o boné’, alegando problemas particulares. O zagueiro Fabrício fez três partidas, mas deve ser peça importante para a temporada que vem. Marquinhos entrou em um jogo. Os volantes Rodrigo e Guilherme Nunes sequer jogaram.

Agora, com 15 jogadores com contrato para o ano que vem (confira abaixo), resta saber se o Paraná vai repetir os erros das últimas temporadas, com inúmeras contratações e desmanches em seu departamento de futebol.

Saiba quem tem contrato com o Paraná Clube em 2020:

Goleiros: Thiago Rodrigues, Alisson e Murilo;
Laterais: Éder Sciola e Juninho;
Zagueiros: Rodolfo e Fabrício;
Volantes: Jhony Douglas, Luiz Otávio e Bruno;
Meias: Jhemerson e Alesson
Atacantes: Raphael Alemão, Jenison e Rafael Furtado.

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