Mais com menos

Mesmo com a queda no valor da cota de TV, Paraná deve ter Série B mais equilibrada

O gerente de futebol Marcos Oliveira comemora a divisão igualitária da cota de TV. Foto: Arquivo.

O casamento entre o Paraná Clube e a Série B do Campeonato Brasileiro “sofreu” com a separação ocorrida nesta temporada. Entretanto, bastou cerca de um ano para o Tricolor voltar correndo para os braços da Segundona. Desta vez, a equipe paranista volta diferente pra competição. Principalmente, no quesito estrutura.

A cota de televisão recebida em 2018 na elite do futebol brasileiro passou dos R$ 20 milhões, algo que o Paraná não via há tempos. A grana serviu para a diretoria investir pesado na reestruturação do clube. Os salários não foram mais problemas dentro do elenco. Além disso, o CT Ninho da Gralha foi equipado com equipamentos de primeira linha. Enfim, não teve do que os jogadores e comissões técnicas que passaram pelo clube reclamarem.

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No entanto, o investimento em qualidade técnica acabou não sendo feito. O Paraná amargou um ano complicado e afundou na zona do rebaixamento do Brasileirão desde a segunda rodada do campeonato. Em 2019, com o departamento de futebol reestruturado – com a missão sendo dividida por mais membros -, o Tricolor ainda deve enfrentar dificuldades, já que a cota de TV cairá para cerca de R$ 6 milhões. Porém, a boa notícia para o clube é que a divisão entre os clubes será mais igualitária, com as equipes recebendo entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões. Além da competição não contar com clubes de mais tradição dentro do futebol brasileiro – são três campeões brasileiros: Coritiba, Sport e Guarani.

“Dividir dessa forma é o mais justo. Antes, havia uma desigualdade muito grande. Dessa forma, beneficia não só o Paraná, como todos os outros clubes que recebiam cotas menores. Com esse orçamento, fica mais equilibrado. Vai dos clubes trabalharem bastante para formar um elenco desses orçamentos”, destacou Marcos Oliveira, gerente de futebol do Paraná.

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Com a grana curta, o Tricolor deve apostar forte em jogadores das categorias de base, como Alesson, Keslley, Andrey e Rodrigo Carioca, jogadores que tiveram mais oportunidades com o técnico Dado Cavalcanti e corresponderam na reta final do Brasileirão. Ao lado dos jovens, a diretoria ainda buscará renovar com algumas peças que se diferenciaram do fraco elenco mostrado neste ano. São os casos do lateral-direito/volante Wesley Dias, do zagueiro Jesiel, que pertence ao Atlético-MG, mas não deve ser aproveitado pelo Galo, e o volante Alex Santana – este é o caso mais complicado.

Por fim, a cúpula paranista ainda espera arrecadar um bom dinheiro com a negociação do volante Jhonny Lucas para contratar jogadores mais experientes. A ‘joia paranista‘ está na mira de clubes como Vasco e Internacional, além do futebol europeu.

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