Tormento

Paraná Clube vive martírio com jogadas de bola parada

Claudinei Oliveira ressalta que irá aproveitar a semana cheia para trabalhar as jogadas de bola parada. Foto: Jales Valquer/Estadão Conteúdo.

As bolas paradas têm sido um tormento para o Paraná Clube. Seja por não conseguir convertê-las em gol ou por sofrer com os adversários que estão acertando a pontaria nas jogadas ensaiadas. Dos apenas dez gols assinalados pelo Tricolor neste Campeonato Brasileiro, somente um aconteceu a partir de uma bola paralisada no gramado: no jogo contra o Fluminense, no dia 4 de junho, Thiago Santos fez de pênalti.

E além do jejum na hora de acertar a meta, nas últimas rodadas, os gols sofridos por bolas paradas também se mostraram uma ‘pedra no sapato‘. Contra o Botafogo, o Paraná levou um de pênalti. Já diante do Internacional, uma falta indefensável mandou a bola para o fundo das redes do goleiro Richard e no duelo com o Corinthians, cobrança de escanteio e a bola sobrou na área para a cabeçada de Henrique.

Sabendo da importância de melhorar nesse quesito, o técnico Claudinei Oliveira quer investir nesta semana de treinamentos ‘cheia‘ que o time terá – a primeira desde que ele assumiu o cargo – para melhorar a pontaria e, sobretudo, a estratégia do elenco.

“Nesta semana vamos dar muita atenção à bola parada. Tanto na batida, quanto na movimentação e ataque. Não podemos bater sete ou oito escanteios e não oferecer nenhum perigo. Não ter uma cabeçada perigosa ou uma bola que o goleiro precise se esticar”, falou o comandante referindo-se ao jogo da última rodada, contra o timão, em que o Paraná saiu derrotado por 1×0.

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Ainda que Claudinei tente resolver a questão, vale lembrar que durante todo este ano, o time não conseguiu encontrar um ‘batedor‘ oficial e isso impacta diretamente nos resultados apresentados até aqui. No ano passado, por exemplo, a dupla João Pedro e Renatinho era responsável por chamar para si a responsabilidade das bolas paradas. Apesar de nem todas os gols que os dois mandaram para o fundo das redes terem surgido de jogadas paralisadas, João fez 4 , enquanto Renatinho 18, sendo pelo menos 4 deles somente de falta. Além disso, a dupla de zaga de 2017 também conseguia ‘deixar‘ os seus. Maidana, no alto de seus 1,94, fez cinco gols no ano passado, quando subia em cobranças para tentar cabecear, enquanto Eduardo Brock fez dois.

Do elenco deste ano, alguns jogadores chegaram a ser testados, mas nenhum correspondeu às expectativas. Caio Henrique, Carlos, Carlos Eduardo, Jhonny Lucas, Alex Santana, Torito González e até Igor foram alguns dos jogadores que ao longo do Brasileirão tiveram sua chance de arriscar nas cobranças.

Para o restante da temporada 2018, Claudinei terá que correr contra o tempo para tentar mudar esse panorama negativo.

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“Temos que criar mais dificuldade na bola parada. Com certeza é uma coisa que temos que trabalhar. Precisamos identificar o jogador que está pegando melhor na bola, que está tendo uma movimentação melhor, ou se não temos jogadores tão bons pra atacar a bola, vamos sair tocando”, explicou o técnico pensando em possibilidades caso não identifique atletas aptos a criarem jogadas perigosas nas cobranças.

“Não adianta você tirar o seu zagueiro lá de trás pra subir e não cabecear nenhuma bola o jogo inteiro, então é melhor deixar ele lá atrás e criar alguma coisa com jogada pelo chão”, completou Claudinei.

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