Os cálculos para o acesso do Paraná Clube já precisaram de muitas calculadoras. Quem sabe até de um lápis na orelha. Mas agora não são necessárias aquele monte de contas. Nem mesmo olhar o que os adversários fazem. Se há algum tempo o Tricolor só dependia de si para subir para a primeira divisão, agora é possível dizer que a Série A está mais perto do que nunca. E pode chegar já no sábado (18), na partida contra o CRB, em Maceió.

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As contas são simples. Com 59 pontos e dois de vantagem para o Oeste, que está em quinto lugar, o Paraná tem chances reais de subir nesta semana. O primeiro passo é vencer suas duas partidas, ambas fora de casa, contra Santa Cruz (a partida desta terça, às 21h30, no Arruda) e CRB (sábado, às 17h30, no Rei Pelé). Com 65 pontos, o acesso é praticamente certo. E pode ser confirmado se o time paulista tropeçar contra Internacional ou ABC.

O certo é que o Tricolor recuperou a motivação e a confiança após a vitória da sexta (10) contra o Luverdense. Contando com a força da torcida, que mesmo num jogo às 21h30 e num dia de fortíssima chuva compareceu à Vila Capanema (mais de 13 mil pessoas), e com uma chacoalhada de Matheus Costa, que mexeu no time e pediu uma equipe mais vibrante, o Paraná venceu com sobras o time mato-grossense e também a desconfiança que rondava o time.

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Fala, Matheus Costa: “Temos condições de vencer fora de casa”

Por isso era preciso não só ganhar, mas também demonstrar um bom futebol. É certo que o rendimento não foi parecido com vitórias mais marcantes, mas a diferença para as derrotas diante de Oeste e Brasil de Pelotas foi gigantesca. Até porque o Paraná começou a partida já de forma agressiva, partindo pra cima e abrindo o placar com Vitor Feijão com 16 minutos do primeiro tempo. Era preciso mostrar autoridade dentro de casa, retomar a força da Vila. “Somos o melhor mandante do campeonato”, relembrou o técnico Matheus Costa.

Renatinho voltou a jogar bem e ajudou o Tricolor. Foto: Marcelo Andrade
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E a evolução do time teve motivos claros – a recuperação técnica do sistema ofensivo e as mudanças do treinador. Na zaga, Rayan deu muito mais segurança na marcação, mesmo com as dificuldades da improvisação na lateral-esquerda. O Tricolor ficou mais equilibrado, e até como consequência Cristovam teve mais chances de subir ao ataque. E na frente Vitor Feijão agitou o time, criando oportunidades e atrapalhando a saída de bola do Luverdense.

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Só que as alterações talvez não fossem suficientes se o trio de frente não voltasse a jogar bem. João Pedro, o mais discreto, teve função tática decisiva, mudando de lado (jogando mais pela esquerda) e mesmo assim participando do segundo gol. Renatinho chamou o jogo, criou chances, arriscou e deu a assistência decisiva da partida. E Robson foi o melhor em campo. Mais perto do gol, pôde aliar sua dedicação ao faro de gol, definindo a partida no segundo tempo.

As próximas duas partidas terão um estilo semelhante do jogo de sexta-feira. Nesta terça (14), em Recife, o Tricolor vai encarar o Santa Cruz, que já está rebaixado para a Série C. Sábado (18), em Maceió, um adversário desesperado para vencer – o CRB está ainda precisando de pontos pra se garantir na Série B do ano que vem.

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Por mais interessante que seja a tabela, ainda mais comparado aos rivais, que terão confrontos diretos nesta semana (nesta terça tem Oeste x Inter e América-MG x Juventude; sábado tem Londrina x América-MG), todos no Paraná Clube sabem que será preciso concentração total. Acesso garantido mesmo, só quando o quinto colocado estiver com uma desvantagem maior do que os pontos em disputa. Mas que isso pode acontecer sábado, isso pode. E não é nenhum bicho de sete cabeças.