Despedida

Para seguir carreira como auxiliar, Tcheco não fica no Paraná Clube

Tcheco revelou o carinho pelo Paraná Clube e a importância do acesso. Foto: Albari Rosa

Ao não renovar o vínculo do técnico Matheus Costa, o Paraná Clube perdeu também uma peça importante da sua comissão técnica que ajudou na conquista do acesso à primeira divisão na disputa da Série B este ano. Braço direito do então treinador, Tcheco, que iniciou o ano como coordenador técnico do clube, não seguirá no time paranista na próxima temporada.

A sua saída ainda não foi oficializada, mas o ex-jogador revelou que o seu desejo era permanecer como auxiliar-técnico, mas que o novo técnico do Tricolor – o favorito é Wagner Lopes – formará a sua própria comissão técnica. Por isso, sua permanência foi descartada, uma vez que Tcheco não quis voltar a ocupar seu antigo cargo.

“É bem certo que eu não fique. Não houve uma definição por parte da diretoria ainda. Mas o Matheus (Costa – técnico) não vai ficar, eles estão fechando a comissão deles e não vão contar comigo. Eu só ficaria para ser auxiliar”, contou ele, em entrevista à Tribuna do Paraná.

“Eles pediram para ficar de auxiliar, que é um campo onde eu realmente conheço e me sinto bem. Por isso gostaria e pedi para ficar como auxiliar‘, emendou.

Tcheco foi revelado no futsal do Paraná Clube e deu os primeiros chutes no gramado com a camisa paranista. O ex-jogador, tanto junto à diretoria ou diretamente no campo, como auxiliar, foi peça importante para a conquista do acesso. Assim, a temporada de 2017 ficará marcada para eçe.

“Foi uma experiência boa para mim ser coordenador. Aqui é a minha casa, onde comecei e foi especial tudo isso. Ver a carência da torcida e ver que foi resgatado o respeito por parte do torcedor. A aposentadoria do Marcão (goleiro), que é meu amigo de infância, desde a base do Paraná. Foi um conjunto de emoções muito forte e o principal de tudo foi ter conseguido o acesso à Série A pelo trabalho de todos”, afirmou.

Matheus Costa e Tcheco fizeram um bom trabalho à frente do Paraná Clube. Um completou o outro, na verdade. Enquanto o treinador tinha o respaldo de toda a parte teórica para comandar o Tricolor, o ex-jogador tinha a experiência de vestiário, da vivência das quatro linhas e do vestiário. Por isso, Tcheco não descarta uma nova parceria em outro clube.

“É uma possibilidade, mas não tem nada acertado com o Matheus. A gente se deu muito bem e é uma situação que pode ocorrer também. Se isso acontecer será normal, mas a princípio agora é descansar. Foi um ano desgastante para nós. Estávamos ligados a tudo. Desgaste com os jogadores na parte emocional, no dia a dia de treinamentos e jogos, a pressão interna, da torcida e agora é deixar as coisas acontecerem naturalmente”, acrescentou Tcheco, que vai aproveitar esse tempo para se aprimorar e realizar os cursos da CBF, que serão obrigatórios a partir de 2019.

“Vamos ver o que o futuro reserva. Não tenho pressa nenhuma em buscar alguma coisa. Fiz meu trabalho no Coritiba e, particularmente, fui muito bem. No Paraná de novo consegui mostrar meu trabalho. Se não tiver um trabalho nesse início de ano, certamente vou procurar fazer cursos da CBF, que serão obrigatórios a partir de 2019. Vou buscar sempre me aprimorar e enriquecer meus conhecimentos”, arrematou o auxiliar.

Indefinido

O Paraná Clube ainda não definiu quem será seu novo treinador para a próxima temporada. O acerto com o técnico Wagner Lopes está próximo, mas ainda não está oficializado. Se isso ocorrer, o novo comandante do Tricolor trará novamente o auxiliar Sandro Rosa na comissão técnica. Os dois deixaram o clube antes da Série B para comandar o Albirex Niigata, do Japão.