327 vezes Marcos

Marcos será o segundo jogador com mais partidas no Tricolor

Do garoto que apareceu como reserva de Régis ao veterano de 39 anos que assombra torcedores e analistas com defesas incríveis. Marcos é um dos sinônimos do Paraná Clube, uma marca na história tricolor que nesta quinta (21) escreve mais uma página dessa história. Contra o Estanciano, às 19h15, na Vila Capanema, em jogo que vale a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, o camisa 1 paranista passará a ser o segundo jogador com mais partidas no clube – será o jogo número 327, superando o volante Hélcio (hoje empresário) e ficando atrás apenas do zagueiro Ageu (hoje auxiliar de Marcelo Oliveira).

Marcos é de antes do Paraná. “Eu cheguei garoto, quando ainda era o Pinheiros”, relembra. Da base até o profissional, alguns anos de luta. E de um exemplo vestindo a camisa que logo seria dele. “O Régis me ajudou muito quando eu cheguei no time de cima. Ele me ensinou bastante e depois deu força quando eu passei para titular. E ele tem a marca do campeão, ele é um jogador que escreveu seu nome na vida do clube”, elogia o goleiro.

A partir de 1998, mas efetivamente em 1999, Marcos passou a ser visto pelos torcedores. “Quando a gente é jovem, precisa lutar muito para mostrar que pode jogar. Quando vai jogar, precisa lutar muito para ter a confiança da torcida. E quando a gente está mais experiente, tem que lutar muito para provar que ainda pode ser útil”, conta o camisa 1, que não tem dificuldade em escolher o momento mais importante da carreira. “A marca de um atleta se faz com títulos. E isso aconteceu quando a gente conquistou a Copa João Havelange em 2000”, conta.

E quem diz isso é um hoje torcedor, não só jogador do Paraná Clube. “Minhas filhas entram comigo em campo em todo jogo que acontece na Vila Capanema. Eu me sinto bem no clube. Foi aqui onde construí minha vida”, reforça Marcos, que vive um dos melhores momentos da carreira numa idade em que alguns jogadores estão aposentados. Contra o Atlético, na primeira partida da semifinal do Paranaense, ele foi o melhor em campo. “Quando cheguei em casa, minha mulher e minhas filhas me disseram que recebi vários elogios”, diz, orgulhoso.

Mas o goleiro do Tricolor não quer festejar apenas a marca histórica. Quer a vaga na Copa do Brasil. “Vamos fazer o máximo para conquistar a vitória, passar de fase e dar esse presente para o torcedor”, resume o camisa 1. E presente pra você também, Marcos.