O Paraná Clube fez bonito mais uma vez. Passou por mais um time de Série A, mesmo que desta vez tenha sido nos pênaltis. Venceu o Flamengo por 5×4 após empatar em 1×1 no tempo normal a partida das quartas de final da Primeira Liga, nesta quarta-feira (30), em Cariacica. O resultado é mais um a reforçar o ano de retomada do sentimento do torcedor, que vê em campo razões para se orgulhar e acreditar na volta à primeira divisão. Na Liga, o próximo passo é no sábado (2), às 19h, a semifinal contra o Atlético-MG, no Independência.

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Confira como foi o jogo no Tempo Real da Tribuna!

O Tricolor começou o jogo respeitando o Flamengo – mesmo com o estranho uniforme amarelo. Com ótimas peças ofensivas, e baseando seu jogo no valorizado Vinícius Júnior, o time carioca se sentia em casa. Ainda mais com o público que enchia o Kleber Andrade, todo empolgado em ver o Mengão de perto. Quando o “garoto mais caro do mundo” pegava na bola, então, era um frenesi danado. Mas até pela boa postura defensiva paranista, a equipe de Reinaldo Rueda não criava muito.

E os visitantes também. Minho seria a opção de velocidade, e na sua primeira jogada de linha de fundo ficou claro que ele ganharia o duelo com o improvisado Gabriel. Só que nesse primeiro lance ele sentiu o joelho e teve que sair. Sem ele, com Robson no setor e Vinícius Kiss em campo, o Paraná ficou praticamente inofensivo até o final do primeiro tempo. Que foi andando devagar, sem emoções, sem gols.

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Era possível surpreender o Flamengo. Na primeira bola parada certa, Renatinho lançou e Iago Maidana encobriu Alex Muralha, mas acertou o travessão. Foi um sinal para que o Tricolor criasse mais coragem. Mas aí a arbitragem resolveu se intrometer. Marcou pênalti de Igor numa jogada em que na bola bate na barriga do lateral paranista. Éverton Ribeiro cobrou com muita categoria e abriu o placar.

A resposta foi imediata. Falta de longe, Alex Muralha não quis barreira e Renatinho cobrou forte e empatou a partida. Gol que agitou o jogo – fez até Reinaldo Rueda tirar Conca do purgatório e enfim estrear com a camisa rubro-negra. Mas a consciência tática paranista mantinha o jogo sob controle. E com todo o interesse em levar a decisão para os pênaltis, Lisca tirou Robson e colocou Murilo – além de fechar o meio-campo, ele também seria um potencial cobrador.

Emoção

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Na reta final da partida, Richard trabalhou, a defesa foi exigida, a pressão do Flamengo aconteceu. O Tricolor tentava esfriar o jogo enquanto Lisca preparava Vítor Feijão para tentar um contra-ataque decisivo. O atacante entrou, mas viu seus companheiros de marcação segurarem o 1×1 e levarem a decisão para os pênaltis.

E aí foi aquela agonia. Rafael Vaz cobrou, forte no meio, gol. Renatinho, paradinha, bola no canto, gol. Gabriel, pouca distância, na trave, gol. Leandro Vilela, sério, gol. Vinícius Júnior, Richard defendeu! Murilo, escorrega, na trave. Conca, Richard quase pega, gol. Eduardo Brock, estilo zagueiro, gol. Everton Ribeiro, diferente do tempo normal, gol. Alemão, bola de um lado e Muralha do outro, gol. Quatro a quatro, hora das cobranças alternadas.

Aí não teve agonia. Lucas Paquetá cobrou e Richard pegou mais uma, de mão trocada. E Vítor Feijão, logo ele, o garoto que voltou há uma semana de uma lesão grave no joelho, cobrou e colocou o Paraná Clube na semifinal da Primeira Liga.