Dedo na ferida

Lisca revela mágoa e volta a criticar o Paraná Clube por saída

Lisca é uma opção. Foto: Marcelo Andrade/Arquivo.

O técnico Lisca, prestes a garantir o Ceará na Série A do Campeonato Brasileiro com uma arrancada decisiva desde a reta final do primeiro turno, ainda guarda uma mágoa do Paraná Clube. No programa “Aqui com Benja”, da Fox Sports, o treinador foi o convidado especial e, ao criticar de forma geral as comissões técnicas permanentes dos clubes, lembrou do episódio ocorrido no Tricolor, em 2017, quando se desentendeu com outros integrantes que já estavam no time e acabou sendo demitido.

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“Porque os caras estão contigo, fazem parte, comungam de decisões, de conteúdo, aprendem contigo e, quando dá o problema, o problema é só o treinador. No Paraná, quando cheguei, era o 15°, saiu o treinador, o problema era só o treinador. Estava ali a comissão permanente. Quando eu saí, estava em quinto e aí eles falam ‘esse trabalho é nosso’. Antes era o treinador (o problema)”, alfinetou Lisca, que prosseguiu com as críticas.

“Eles nunca perdem. Eles fazem um esporte diferente porque são invencíveis, não perdem. Só perde o treinador. Acho que o cara tem que ir lá e fazer o caminho da base, ir para um time menor, provar que tem condições, trabalhar com as dificuldades. Sair da zona de conforto que o time grande dá. Quero ver fazer um time sem peças”, emendou.

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Ainda de acordo com o comandante do Ceará, chegar em um clube e contar com uma comissão técnica permanente será sempre um problema, especialmente pela metodologia de trabalho diferente. Para ele, chega a ser até antiético quando um treinador é mandado embora e um membro da comissão assume a equipe.

“É um problema muitas vezes para um profissional que chega e tem uma comissão permanente, porque já tem uma metodologia diferente. Tem um fenômeno novo. A comissão permanente está contigo e quando ganha, ganha todo mundo. Quando perde, o treinador vai embora e os caras estão assumindo. Não acho legal isso”, concluiu Lisca.

No Paraná Clube, o treinador, na concentração em Belo Horizonte, antes da semifinal da Primeira Liga contra o Atlético-MG, acabou discutindo de forma mais forte com membros da comissão técnica, inclusive com possíveis agressões. A diretoria paranista, então, não pensou duas vezes ao mandá-lo embora. O auxiliar Matheus Costa assumiu, deu continuidade no trabalho e conseguiu o acesso à primeira divisão.

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