O momento é delicado. O Paraná Clube, no seu retorno à primeira divisão, ainda não conseguiu engrenar e caminha a passos largos para retornar à Série B do Campeonato Brasileiro. Nos bastidores, a diretoria paranista tenta evitar esse desfecho de todas as formas. Com o técnico Rogério Micale garantido para a sequência da competição nacional, a pressão está agora sobre o elenco do Tricolor, que, até agora, já provou suas fragilidades, mas que terá que dar uma resposta positiva para evitar uma temporada vexatória do clube na elite do futebol paranaense.

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O presidente Leonardo Oliveira que, desde que iniciou sua gestão, no começo de 2016, ficou marcado por constantes trocas de treinadores, mantém a convicção no trabalho do técnico Rogério Micale. Os jogadores paranistas, inclusive, pediram a permanência do treinador e, por isso, a pressão no elenco vai aumentar a partir de agora.

“Os atletas sabem da responsabilidade que têm. Ninguém está trabalhando contra o Paraná. O trabalho no dia a dia é intenso pra conseguir os resultados. Infelizmente, por diversas situações, isso não vem acontecendo. A convicção até dos atletas com relação ao Micale existe. Nós precisamos suportar a pressão e é isso que estamos conversando com os jogadores”, apontou o presidente paranista em entrevista à Rádio Transamérica.

Controlar essa pressão é uma tarefa interna do Paraná a partir de agora. Oliveira ressaltou que o técnico Rogério Micale está capacitado para cumprir esse papel e tentar salvar o Tricolor do rebaixamento à segunda divisão. “Quem não estiver preparado pra isso, não vai viver do futebol. Nós precisamos resolver o problema internamente. Acreditamos que o Micale tem a capacidade pra fazer isso”, prosseguiu o cartola.

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No início do Campeonato Brasileiro, depois de o Paraná Clube perder para o Vasco, no Rio de Janeiro, Leonardo Oliveira veio à imprensa para cobrar de forma mais dura os jogadores. O dirigente garantiu que a cobrança é diária sobre os jogadores e que eles sabem da responsabilidade que têm para a sequência da Série A.

“As cobranças internas no futebol são naturais. Eu mesmo, depois do jogo contra o Vasco, chamei a responsabilidade. Os atletas precisam decidir os jogos. Não podemos tapar o sol com a peneira. Estamos trabalhando bem essa questão e os atletas estão conscientes da responsabilidade que eles possuem”, reforçou Oliveira.

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Internamente e dentro das possibilidades, a diretoria do Paraná também sabe das suas responsabilidades, mas trabalha com os pés no chão. Por conta do orçamento enxuto e das dívidas que tem, o clube está conseguindo trazer reforços somente agora. O esforço será grande para fazer o time paranista mais competitivo e aumentar seu rendimento no Brasileirão que, até agora, é pífio. O Tricolor é o lanterna e dono dos principais números negativos do torneio, como pior ataque e uma das piores defesas.

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“O mais importante do que evitar uma queda, é preciso ter responsabilidade com as questões do clube. O que nos fez ficar na Série B por dez anos foi má gestão. Já estamos buscando novas soluções, trazendo atletas e estamos complementando nosso elenco. Todo esforço está acontecendo. Mas, a responsabilidade com o futuro é importante. No passado, as notícias eram sobre atraso de salários e isso não existe mais. É um momento de reconstrução da dignidade do clube. Hoje, todos que trabalham no Paraná têm orgulho de trabalhar aqui. Esse é o nosso maior legado”, arrematou Oliveira.

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