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Análise: Paraná erra muito ao demitir Claudinei

O que é isso? O Paraná passa cinco meses num trabalho sério, pés no chão, sem inventar, e aí joga tudo pro alto sem qualquer explicação? É mais ou menos isso que se conclui da demissão do técnico Claudinei Oliveira e do gerente Beto Amorim nesta segunda-feira (13), além do afastamento do diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. Parece aquela atitude de professor, que vê dois alunos discutindo e expulsa ambos, sem saber o que aconteceu.

E o que aconteceu? A diretoria estava superestimando o elenco e desvalorizando o trabalho de Claudinei Oliveira. Principalmente Vavá Ribeiro, que fez as contratações e falava aos quatro ventos que o grupo de jogadores do Paraná era um dos melhores da Série B. Não era e não é.

Claudinei chegou a fazer milagre durante o Paranaense. Com um elenco restrito, sem opções de mudar o jogo, ele conseguiu levar o Tricolor a ser o melhor time da primeira fase e só cair na semifinal diante do Atlético nos pênaltis. Com um grupo fortalecido, era sim possível lutar pelo acesso – ainda acho que é possível.

Mas Vavá achou que tinha encontrado ouro em forma de jogadores no interior de São Paulo. Trouxe sim alguns bons reforços, como Nadson (o melhor deles), Diego Tavares e Henrique. Outro bom valor trazido foi Lucas Otávio, que só veio para trabalhar com Claudinei. Mas algumas peças não agregaram muito. Alguém consegue explicar porque Pitty e João Paulo jogam e Alisson não?

Vavá, com seu estilo de querer ser dono do Paraná, falou muito e falou errado. E minou o trabalho de Claudinei Oliveira, de longe o responsável pelo Tricolor ter conseguido nestes cinco meses resultados muito superiores ao previsto. Demiti-lo é um erro imperdoável da diretoria. E acreditar que Vavá será afastado do comando do futebol é a mesma coisa que acreditar em coelhinho da Páscoa.