Paraná vai jogar no erro do Grêmio

Se derrotas são sinônimo de crise, o Paraná Clube vive um momento de absoluta tranqüilidade. Outubro foi o melhor mês do clube neste Brasileirão, com a conquista de doze pontos. Se repetir a performance nas sete rodadas finais, entre 1.º de novembro e 14 de dezembro, o Tricolor fecha o ano com uma das vagas à Copa Sul-Americana assegurada. O primeiro desafio será quebrar, no sábado, um tabu de quase nove anos.

Apesar do retrospecto de absoluto equilíbrio, o Paraná não vence o Grêmio, no Olímpico, desde o campeonato brasileiro de 1994, há nove anos, portanto. De lá para cá foram disputados seis jogos, com três empates e três vitórias dos gaúchos. No início dos anos 90, quando Paraná e Grêmio travaram os primeiros duelos (na Série B do Brasileiro), o tricolor paranaense soube tirar proveito de seu melhor momento e abriu vantagem, igualada com o passar do tempo.

Só que os “fantasmas” que habitavam os corredores de Vila Capenema em anos passados, hoje estão instalados no Olímpico. Fator que pode ser decisivo no duelo deste sábado, às 16h. Seriamente ameaçado pelo rebaixamento, o Grêmio precisa da vitória desesperadamente – para se safar da degola, o time de Adílson Batista precisa de cinco vitórias, em sete jogos. Para não depender de outros resultados, estima-se que é necessário atingir a marca de 52 pontos para a permanência na primeira divisão. O Paraná vai tentar tirar proveito deste desespero.

Desta vez, Saulo de Freitas pretende jogar no erro do adversário, apostando nos contragolpes. Em jogos anteriores, o treinador adiantou as linhas de marcação do seu time, pressionando os adversários mesmo fora de casa, como ocorreu em Belo Horizonte, frente ao Atlético. “Eles vêm com tudo e é preciso ter cautela e uma postura defensiva bem definida”, comentou o treinador. A preocupação é justificável, pois apesar do rendimento expressivo do ataque (o terceiro melhor entre os 24 participantes, com 73 gols marcados), a defesa paranista continua sofrendo muitos gols (64).

“Não vou jogar na retranca, pois nossa característica principal é a ofensividade. Mas, a precaução é fundamental num jogo como este”, avisa. O treinador ainda não definiu o substituto de Fernandinho. O meia cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo e três jogadores disputam a vaga. Cada um com uma característica própria. Saulo descartou a possibilidade de improvisar Maurílio no meio-de-campo e vai escolher entre Émerson, Éverton e Wiliam. O setor, apesar do desfalque, estará fortalecido com as voltas de Fernando Miguel e Marquinhos.

Émerson seria a garantia de uma marcação mais eficaz a partir da intermediária adversária. Só que Éverton vem mostrando qualidade nas poucas oportunidades que recebeu, como frente ao Juventude, e é um meia-ofensivo com velocidade. Já Wiliam consegue aliar uma marcação eficiente com boas finalizações de média distância. Isso sem contar que é um jogador com bom “tempo de bola” e forte nas jogadas aéreas. A definição desta vaga ficará para o coletivo de amanhã, o único programado para esta semana.

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