Paraná testa variações e surpresas

O técnico Adílson Batista iniciou a preparação de seu time com diversas observações e variações que podem ser aplicadas no jogo do próximo sábado, às 16h, em São Januário. O Paraná Clube busca ganhar “novo fôlego” no Brasileirão com a primeira vitória fora de casa, diante de um concorrente direto na briga por uma vaga entre os primeiros colocados da competição. Esta, aliás, será uma rotina para o Tricolor, que além do Vasco terá na seqüência outros jogos “de seis pontos”.

Serão sete jogos ao longo do mês e destes, quatro são contra clubes que estão em situação muito parecida com a do Paraná. As exceções são Grêmio, Fortaleza – próximos da zona de rebaixamento – e o líder Cruzeiro. “Nossa performance nestas partidas será decisiva para que consigamos retornar ao pelotão de frente”, disse Adílson Batista. Por ser também a última semana livre para treinamentos (a partir de sábado o time estará em campo a cada três ou quatro dias), o treinador diversificou estratégias que podem ser adotadas neste fim-de-semana ou até mesmo na seqüência do campeonato brasileiro.

Até aqui, mesmo antes da chegada de Adílson, o Paraná vem jogando no 4-4-2. É verdade, com variações significativas a partir da troca no comando técnico. Se Cuca recorria ao recuo de um dos volantes para executar a função de um terceiro zagueiro, Adílson prefere fixar um dos laterais neste auxílio à dupla de zaga, evitando abrir espaços no meio-de-campo. Nos treinos de ontem, chegou a testar um time com três zagueiros, três volantes e também a manutenção do esquema tradicional.

As mudanças foram parcialmente motivadas pelas ausências de Pierre – poupado do treino da tarde, com dores musculares – e Maurílio – liberado pela diretoria para resolver assuntos particulares (uma audiência) em São Paulo. Mesmo não sendo um adepto do 3-5-2, Adílson deixou nas entrelinhas que a utilização de três zagueiros pode ser a saída mais interessante para bloquear o time de Antônio Lopes. Utilizou, então, Weligton na defesa, deixando Ageu como zagueiro “da sobra”.

Durante parte deste treino, colocou Caio e Fernandinho nas alas, tornando o time, na teoria, mas ofensivo. Adílson pode ainda simplesmente trocar um meia por um volante, compactando o setor de meio-de-campo. Neste caso, Fernando Miguel volta ao time titular, com a saída de um dos atacantes (possivelmente Maurílio). À tarde, quando preferiu não forçar o treinamento, evitando um desgaste maior do grupo, Adílson utilizou a mesma equipe-base, somente com as voltas de Fabinho e Marquinhos e a entrada de Fernando Miguel no lugar de Pierre, que ficou no departamento médico.

O treino desta tarde, novamente no Pinheirão, deverá ser decisivo para a escolha final de Adílson Batista. Ele tem afirmado que pretende optar por uma estratégia mais cautelosa para conter os avanços do adversário. Mesmo sabendo que é importante uma atenção constante com Marcelinho e Edmundo, ele não deve recorrer a marcações individuais, permanecendo com o bloqueio por setor, como vem sendo aplicado desde que chegou ao clube.

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