Paraná tenta quebrar jejum de 13 jogos em brasileiros contra Vasco

O Paraná Clube aposta na “obediência tática” para pôr um fim ao longo jejum de vitórias fora de casa. Já são nove meses – com 13 jogos realizados – sem um resultado expressivo na condição de visitante em campeonatos brasileiros. O técnico Adílson Batista quer um time com máxima concentração na partida de hoje, às 16h, frente ao Vasco, no Rio. Com um novo esquema tático, o Tricolor tenta voltar a vencer para encostar no “pelotão de frente” e afastar a crise técnica que se instalou no clube há quase um mês.

Jogadores apontados no início do Brasileirão como revelações, hoje não têm conseguido repetir boas performances. O jovem Caio já não é um driblador tão eficaz. O experiente Renaldo está distante da média de gols por ele prometida (um por jogo). Maurílio, ídolo da torcida paranista, ainda busca seu espaço na nova equipe. São alguns dos problemas que Adílson Batista tenta contornar. Se “a fase não é boa”, o treinador prefere focar sua linha de ação no coletivo e não no individual. Acredita que com um pouco mais de atenção ao sistema de marcação, seu time vai voltar a vencer e a convencer.

Exemplos não faltam tomando-se por base os últimos jogos da equipe. “Temos vacilado em lances de bola parada e com a marcação mais frouxa os adversários têm encontrado espaço”, admite o zagueiro Ageu. Para evitar sufoco em São Januário, a orientação é para que todos participem deste bloqueio ao experiente adversário. “A começar dos atacantes. Com o Maurílio e o Renaldo pegando a saída de bola, teremos mais folga lá atrás”, disse Ageu. Ele será o zagueiro da sobra hoje, pois Batista decidiu fixar o volante Goiano como terceiro defensor.

“Isso só vale para quando não tivermos a bola. Aí, vou marcar o atacante de velocidade do Vasco”, explicou Goiano. Com a posse de bola, ele avança para sua real posição, fazendo com que o time possa atacar no tradicional 4-4-2. Nesta nova dinâmica de jogo, Caio terá função de destaque, como ala-direito. “Vou pegar o lateral do Vasco, mas com a liberdade para atacar quando houver espaço”, disse Caio, que já jogou nesta posição quando defendia o Rio Preto (SP).

Adílson comentou que a mudança visa compactar o meio-de-campo, setor mais utilizado pelo Vasco em suas ações ofensivas. Por isso, Fernando Miguel retorna à condição de titular, ao lado de Pierre. Outros dois jogadores que voltam ao time são o lateral Fabinho e o meia Marquinhos. “Temos bons jogadores. Mas só isso não basta. Para vencer, é preciso organização tática, iniciativa e concentração”, finalizou o treinador paranista.

Equilíbrio

O retrospecto do confronto mostra grande equilíbrio entre Paraná e Vasco. Foram disputados até hoje dez jogos, com 4 vitórias dos paranaenses, um empate e cinco triunfos dos cariocas. Todos os jogos foram válidos pelo campeonato brasileiro, à exceção das partidas de 2000, onde Paraná e Vasco se encontraram pela Copa João Havelange.

O Tricolor jamais venceu em São Januário, onde o melhor resultado foi um empate (1×1), em 1999.

Voltar ao topo