Paraná reforçado para encarar a virada

Confome o prometido, a diretoria do Paraná Clube anunciou neste final de semana a contratação de dois zagueiros para reforçar a defesa. O primeiro deles, Roberto, é velho conhecido do torcedor tricolor. Destaque do Joinville, ele defendeu as cores do Paraná em 2001. No primeiro semestre deste ano, vestiu a camisa do Coritiba no Supercampeonato Paranaense.

O outro reforço, Wellington, tem 23 anos e é uma revelação do futebol do interior paulista. Atualmente ele estava defendendo o Barretos, terceiro colocado na Copa Futebol Interior.

Com essas duas peças, o técnico Otacílio Gonçalves passará a ter mais opções para montar a defesa. Sábado, por exemplo, o treinador teve que lançar o jovem Juliano, que estreou no time titular, para jogar no 3-5-2, esquema mais eficiente na marcação, mas que estava sendo utilizado pela primeira vez na temporada. Somando aos novos reforços a Fábio Luiz, Xandão e Cristiano Ávalos, que se recupera de contusão, o Paraná passa a contar com seis zagueiros em seu elenco.

Fim da angústia

Indiretamente, o Paraná ganhou outro reforço no último sábado. Após cinco rodadas se recuperando de uma contratura muscular na coxa esquerda, o atacante Maurílio voltou à equipe com a corda toda. A despeito de ter ficado de fora por tanto tempo, o jogador aguentou a partida até o final e premiou a torcida com os dois gols da vitória. “Foi a confirmação do que eu havia dito antes do jogo. Que iríamos vencer”, diz, dividindo os louros da vitória com os companheiros. “O time mostrou superação e que pode alcançar melhores resultados daqui para frente”.

Com o retorno à equipe, Maurílio se livrou de uma angústia que carregava na série de reveses tricolores. “É horrível ficar de fora. A gente tem aquele desejo de ajudar e não pode. O máximo que eu podia fazer era dar uma força na preleção e cruzar os dedos na torcida”, relembra.

O time não deixou a zona de rebaixamento (por causa da vitória do Vasco sobre a Portuguesa, por 4 a 0) mas recuperou o ânimo da equipe para a empreitada futura. O resultado também serviu para calar a boca de um dirigente do Inter, que afirmou que não seria o Internacional que ressuscitaria os mortos. “Quem fala esse tipo de coisa tem que assumir. Isso mexeu com nossos brios. Foi um motivo a mais para mostrarmos que estamos muito vivos”, desabafou Maurílio.

Virada fantástica. Só que o Vasco atrapalhou

O Paraná fez a sua parte no último sábado e conseguiu conquistar a primeira vitória fora de casa no Brasileirão, batendo o Inter, de virada, por 2 a 1, em pleno Beira-Rio. No entanto, a alegria de deixar a zona de rebaixamento durou apenas 24 horas. Com a vitória do Vasco em cima da Portuguesa, ontem à tarde, o time carioca empurrou o Tricolor para a 23ª colocação.

A necessidade da vitória para afrouxar a corda no pescoço fez com que o técnico Otacílio Gonçalves arriscasse um 3-5-2 na casa do adversário. Com três zagueiros, a idéia era se valer da força ofensiva dos alas Bosco e Fabinho para puxar os contra-ataques.

Mas o feitiço virou contra o feiticeiro logo aos 3 minutos, quando em uma roubada de bola Cleitão recebeu na entrada da área e chutou firme, abrindo o marcador. O gol precoce do adversário, no entanto, agiu como estimulante para os paranistas, que descontaram apenas três minutos depois, em cobrança de falta precisa de Maurílio, que voltava ao time após cinco rodadas se recuperando de uma contusão. Melhor distribuído em campo, o Paraná comandava as principais jogadas ofensivas e acabou virando aos 16 minutos. Maurílio recebeu no meio, girou o cropo e bateu firme.

Com o resultado de 2 a 1 a favor do Tricolor, os paranistas passaram a contar com um refoço a mais: os apupos da torcida colorada. Sem cinco titulares e um time com os nervos à flor da pele, o Inter foi envolvido na primeira etapa. O técnico Celso Roth até tentou dar uma postura mais audaciosa ao time escalando o meia Daniel e voltando ao 4-4-2. Mas o resultado só começou a aparecer nos segundo tempo.

Quando o Inter passou a se arriscar mais ao ataque, partindo para cima do Paraná em bloco, a vulnerabilidade da defesa paranista começou a ser notada. Ainda pouco adaptada ao esquema com três zagueiros, a defesa cometeu erros de posicionamento, dando trabalho a Marcos. Mas apesar da pressão avassaladora do adversário, o Paraná conseguiu segurar a vitória e respirar no campeonato. O próximo compromisso do Tricolor é na quinta-feira, contra o Cruzieor, no Pinheirão.

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