Paraná precisa de qualidade, gols e sorte

Paciência, atitude e… um pouco de sorte. Vale de tudo para “exorcizar” a crise técnica que tomou conta do time. Até sal grosso foi espalhado no vestiário do Paraná Clube, numa forma de espantar o “mau-olhado”.

O tricolor joga todas as suas fichas numa vitória esta noite – às 20h30, no Pinheirão -frente ao Internacional. Qualquer outro resultado deixará o clube em situação dramática na corrida contra o descenso. O técnico Gilson Kleina confirmou algumas mudanças, mas deixou dúvidas nas duas laterais, setores mais instáveis da equipe neste Brasileirão.

O clube não faz restrições a crenças ou superstições e por isso ninguém contestou – mas também não revelou quem foi o responsável – a “proteção” ao vestiário paranista. “O que importa é que o time deve ter atitude. Jogar com garra e inteligência, pois só a vitória interessa”, avisou o centroavante Sinval, confirmado no comando do ataque. Ele será a única referência ofensiva da equipe, que mantém o mesmo esquema da última jornada, priorizando a criação de meio-de-campo, que contará com três jogadores.

“Não adianta escalar três atacantes e a bola não chegar lá na frente”, analisa o treinador. Com esse perfil tático, o tricolor obteve suas atuações mais equilibradas sob o comando de Gilson Kleina, mesmo não tendo traduzido isso em resultados – como ocorreu recentemente contra o Fluminense. Com Sinval no time, Galvão – que vem perdendo chances incríveis – vai para o banco de reservas. O técnico confirmou ainda a entrada de João Vítor na cabeça-de-área (pois Beto está suspenso) e a volta de Fernando Lombardi à zaga, desta vez ao lado de João Paulo.

No coletivo de ontem à tarde, Cláudio e Vicente começaram no time principal. Porém, Kleina testou uma variação que lhe deixou uma grande interrogação na cabeça. O meia Marcelo e o lateral Edinho entraram nas alas e deram nova mobilidade à equipe.

Após um turno inteiro, o time segue sofrendo ajustes e as laterais continuam sendo uma preocupação constante. A própria diretoria reconhece a carência e busca reforços para estas posições (além de atacantes).

A diretoria decidiu “dar um tempo” na busca por reforços. É que a diretoria vem esbarrando na escassez do mercado e na sua própria condição financeira. O objetivo era acertar ainda esta semana, com pelo menos quatro jogadores, mas algumas negociações que estavam “engatilhadas” não evoluíram.

“Não há muitas alternativas e, como estamos mal na tabela, as pedidas são muito altas”, confirmou José Domingos. É o caso do atacante Enílton, do Vitória. “Precisamos de soluções, não de uma folha de pagamento que extrapole nosso orçamento.” O clube busca um lateral-direito, um zagueiro e dois atacantes. Quem está deixando o Tricolor é o volante Goiano. Como a Tribuna antecipou, ele está se transferindo para o futebol russo e o clube não vai ter nenhuma compensação momentânea. Caso Goiano seja negociado futuramente, o Tricolor teria então um percentual estabelecido.