Paraná perde mais uma. Gílson Kleina deve cair

Foi mais uma noite negra para o Paraná Clube. Talvez uma das mais melancólicas de sua vitoriosa história de quase quinze anos.

Após sair na frente, e parecer que iria enfim, jogar o mau momento para longe, o Tricolor perdeu de virada (a quinta derrota seguida) para o Internacional por 2×1, ontem, no Pinheirão. Para ficar pior, dois jogadores (Marcelo e Axel) foram expulsos, e o gol da vitória colorada foi irregular. Ao final, os torcedores, desconsolados, gritavam “segunda divisão” para o próprio time, que permanece na zona de rebaixamento.

O técnico Gílson Kleina deve ser demitido oficialmente, esta manhã, após uma reunião da diretoria prometida pelo próprio presidente José Carlos de Miranda. Ele acabou, nas entrelinhas, confirmando a saída do treinador. “Eu acho que perdemos uma partida em que tecnicamente poderia ter sido feita alguma coisa”, disse Miranda, que confessou também que a busca já foi iniciada. “Os técnicos que procuramos pedem valores exorbitantes”, completou. O vice-presidente José Domingos, disse que o comando do futebol pode renunciar.

Para resumir, o Paraná só foi realmente efetivo durante os primeiros vinte minutos do jogo. Nesse período, o time pressionou o Inter, assumiu o controle da partida e abriu o placar com Cristian. Só que o Tricolor não teve força para mandar no jogo. Ainda na primeira etapa os visitantes tomaram conta da partida, mesmo sem muita qualidade. As jogadas alçadas para Fernandão levavam pânico à defesa paranista, que sofria para também parar as jogadas pelas laterais, principalmente com Gavilán pela direita. Mas como o Inter não demonstrava capacidade de reação, o resultado do primeiro tempo acabou sendo aquele esperado – 1×0 para o Paraná.

A segunda parte da partida começou quase perfeita. Se o time claudicava, dando chances aos gaúchos, em Porto Alegre o Guarani já não vencia mais o Grêmio – resultado que, naquele instante, tirava o Tricolor da zona de rebaixamento. A história da partida começou a mudar com a expulsão de Marcelo, que apesar de não ter atingido Élder Granja com uma cabeçada, foi infantil ao tentar a agressão.

Gílson Kleina, com um jogador a menos, preferiu manter o time como estava – já sem Canindé, que saíra no intervalo. Ao mesmo tempo, Joel Santana partia para o desespero, tirando defensores e colocando atacantes. Assim, na pressão, o Internacional empatou com Gavilán. E virou com Nilmar, impedido, testando livre. Axel, na tentativa de buscar o resultado, acabou expulso – último ato de um time sem comando, tanto dentro quanto fora de campo.

Gilson e comissão devem sair hoje pela manhã