Paraná não vai jogar no meio de semana

O Paraná Clube só volta a campo no fim de semana. O jogo frente ao Criciúma (inicialmente marcado para o meio de semana) foi transferido para o próximo dia 31 de julho, devido às obras no Pinheirão. A Polícia Militar vetou o estádio da Federação Paranaense de Futebol, devido às dimensões do canteiro de obras, com as ampliações das arquibancadas. A alteração da tabela só foi confirmada no final da tarde, após uma reunião entre os dirigentes paranistas e representantes da PM.

Os dirigentes analisaram algumas possibilidades – como a utilização do Couto Pereira -, mas optaram pelo adiamento do jogo. “O custo para a locação do estádio do Coritiba é elevado. Ainda mais para o porte de um jogo como esse”, comentou o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima. O Tricolor já levou prejuízo na semana passada, quando jogou no Alto da Glória, diante do Grêmio, para um público pagante de apenas 2.970 torcedores. “Literalmente, pagamos para jogar”, afirmou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira, sem confirmar qual foi o déficit deste jogo. Para jogar à noite no Couto Pereira, o Paraná paga R$ 15 mil de alguguel e R$ 2,5 mil de iluminação.

A “missão” da FPF, agora, é colocar o Pinheirão em condições até o próximo dia 23 de julho, quando o Paraná receberá o Fortaleza, pela 21.ª rodada do campeonato brasileiro. O problema maior é que os muros de entrada do Pinheirão desabaram no vendaval do último dia 6. Estes, isolavam a área da arquibancada que está sendo ampliada, na curva da Avenida Victor Ferreira do Amaral. Foram colocados tapumes de madeira no local, mas a PM não garantiu segurança para a realização de um jogo do Brasileirão.

Esta área terá que ser isolada de outra forma ou as obras precisarão ser aceleradas – com a dificuldade do clima neste período do ano – para que nova vistoria, na semana que vem, viabilize a realização do jogo frente ao time cearense. A situação está agora nas mãos da FPF, enquanto o Paraná Clube se concentra apenas no seu próximo desafio na competição. No Domingo, às 18 horas, o time de Adílson Batista enfrenta o líder isolado do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Tempo para corrigir os erros

O tempo extra de preparação vem em boa hora. Após duas atuações convincentes e vitórias expressivas, o Paraná Clube não conseguiu repetir a dose em Florianópolis. Auto-suficiente, o time voltou a desperdiçar oportunidades para “matar o jogo” e ainda derrapou na marcação. Foram diversos vacilos da defesa e por isso o placar de 4×2 para o Figueirense, que segue invicto no Orlando Scarpelli.

Durante a semana, a comissão técnica vai tentar ajustar o sistema de marcação para tentar parar o melhor ataque do Brasileirão. O Cruzeiro tem 37 gols marcados e está invicto jogando dentro de casa. Um resultado positivo garantiria ao Paraná uma aproximação do bloco de frente, pois mesmo não tendo perdido posições – se manteve na 9ª colocação – já há uma distância expressiva daqueles times que brigam pelas primeiras colocações.

Adílson Batista não fez críticas individuais ao time, mas sabe que o rendimento no último fim-de-semana foi abaixo da média. Com os quatro gols sofridos – inclusive com vacilos do goleiro Flávio -, o Paraná caiu para 19º lugar no critério de defesas menos vazadas. “É algo que precisamos corrigir”, reconhece Adílson. “E com certa urgência”. O Paraná só não levou gols em dois jogos até aqui. Desde que o treinador assumiu o comando do time, foram 18 gols marcados e 16 sofridos.

“O saldo ainda é positivo, mas precisa melhorar”, avisou Adílson, que tem por meta chegar entre os cinco primeiros até o final do turno. O maior problema, na visão do técnico, continua sendo a desatenção em lances de bola parada. “Destes 16 gols sofridos, nove foram desta forma, sendo três de pênalti”, lembrou Adílson Batista.

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