Paraná não tem time certo para jogo de hoje

Um “mal entendido” culminou em tremenda confusão. No dia de mais um jogo decisivo, o técnico Gilson Kleina ainda não sabe com quais jogadores poderá contar.

Não bastassem as ausências de Flávio e Beto, suspensos, e de Axel, lesionado, o Paraná Clube corre o risco de ficar sem Edinho e Galvão para a “decisão” desta noite (20h30), frente ao Vitória, no Pinheirão. A parceria, firmada sobre alicerces pouco confiáveis, ruiu. Uma morte anunciada e que gerou um clima tenso nos corredores da Vila Capanema.

Rolou de tudo neste impasse. Magoado com a dispensa de quatro jogadores – Cláudio, Gilmar, Marcelo e Chokito – sem que fosse comunicado com antecedência, o empresário Sérgio Malucelli ameaçou retirar do clube os outros seis jogadores contratados através da parceria. O vice de futebol José Domingos admitiu que houve falha de comunicação, mas o “pedido de desculpas” não foi suficiente. Malucelli quis impor a reintegração do quarteto, com o que a diretoria e a comissão técnica tricolor não aceitaram.

“Ele queria a volta dos jogadores até que seus empréstimos a outros clubes fossem definidos. Um processo parecido com o que aconteceu com Wesley e Alexandre, que foram para o Londrina”, comentou José Domingos. “Porém, agora que já os dispensamos, não podemos voltar atrás”, comentou. Os dirigentes preferiram não aprofundar o assunto, acreditando que o impasse possa ser resolvido em uma reunião agendada para hoje pela manhã, com a participação de toda a diretoria tricolor e o empresário Sérgio Malucelli. Essa, ao menos, é a intenção do Paraná Clube.

Porém, dizem que não há futuro para um casamento sem confiança. Se o mesmo vale em um acordo comercial, a parceria já tem “atestado de óbito” emitido. Malucelli ameaçou tirar os demais jogadores a ele vinculados. Neste “pacote”, estão Canindé, Edinho, Galvão, Nelinho, Vicente e Ximba. Mesmo tendo um contrato com o Iraty até dezembro do ano que vem, o meia Fernando afirmou que seu compromisso, até o fim do ano, é com o Paraná e se colocou à disposição de Gilson Kleina.

Comunicado sobre o risco de não poder escalar esses jogadores, o técnico paranista sequer realizou o rotineiro treino tático. Sabe que poderá ficar somente com os jogadores do clube a partir desta manhã. “Prefiro não falar nada agora. Vou esperar uma posição oficial e, até lá, vou estudando possibilidades”, resumiu Kleina. Independente do impasse, todos os jogadores (até mesmo aqueles da parceria) foram para a concentração. A principal preocupação da comissão técnica, no momento, é saber como todo este clima tenso irá refletir no grupo. Para muitos, o fato pode dar uma injeção de ânimo no elenco, com atletas mais identificados com as cores do clube.

Kleina escala o “provisório”