O Paraná Clube terá um esquema mais cauteloso no Rio de Janeiro. O técnico Adílson Batista pretende armar sua equipe com três volantes – ou até mesmo três zagueiros – para o jogo do próximo sábado, às 16 horas, frente ao Vasco, em São Januário. O primeiro treino técnico-tático foi voltado quase que inteiramente para o aspecto defensivo do time, que busca o fim do longo jejum de vitórias fora de casa em campeonatos brasileiros. O treinador não esconde a preocupação com a seqüência de gols sofridos pelo Tricolor.
Nos cinco jogos sob o comando de Adílson, o Paraná sempre precisou “correr atrás” após sofrer gols – na maioria das vezes, nos minutos iniciais da partida – e somente em duas oportunidades conseguiu se livrar da derrota (um empate e uma vitória). “Está faltando concentração”, comentou o treinador, que preferiu creditar os erros a aspectos coletivos. Na sua visão, os atacante precisam colaborar um pouco mais na marcação, para “desafogar” os jogadores de meio-de-campo e defesa. O zagueiro Ageu lembrou que muitos dos deslizes estão ocorrendo em lances de bola parada.
Foi assim nos três últimos jogos. Contra o Juventude, a defesa “parou” em uma cobrança de falta na intermediária, que culminou no gol de Marcus Vinícius. Em Porto Alegre, o Internacional levou a melhor em uma cobrança de escanteio. Já na última rodada, a marcação não acompanhou o ataque do Atlético Mineiro num simples arremesso manual, logo aos 6 minutos de jogo.
No geral, o Tricolor ainda mantém um saldo positivo (de dois gols), com seu ataque marcando 25 vezes. A defesa, porém, levou 23 e em apenas dois jogos “passou em branco”. O Paraná só conseguiu segurar o zero no marcador diante de Atlético-PR (3×0) e Fluminense (0x0), no Rio de Janeiro. Com base nestes número e naquilo que viu ao longo as últimas partidas, Adílson Batista optou por fortalecer a marcação. Fernando Miguel deve voltar ao time, compondo o trio de volantes ao lado de Pierre e Goiano. Com esta opção e a volta de Marquinhos, após cumprir suspensão, dois jogadores serão “sacados” do ataque. Os mais cotados são Maurílio e Fernandinho, pois o treinador não pretende abrir mão da velocidade de Caio.