Paraná ganha ouro no handebol dos Jojubs

Equilíbrio e suspense até a última bola na final do handebol masculino dos VII Jogos da Juventude, que terminou ontem, em Brasília. Contando com duas defesas milagrosas do goleiro Mateus nos últimos segundos, Paraná venceu São Paulo por 26 a 25 (14 a 12), recuperando-se do vice-campeonato do ano passado, quando foi derrotado por Santa Catarina na decisão. Os artilheiros da partida foram o paulista Estevan e o paranaense Bruno, ambos com oito gols. O bronze ficou com o Rio Grande do Sul, que superou Pernambuco por 16 a 14.

Depois de um primeiro tempo em que o time do Paraná comandou sempre o placar sem, no entanto, conseguir mais do que dois gols de vantagem, a segunda etapa reservou momentos de emoção. Os paranaenses chegaram a colocar quatro gols de frente, mas São Paulo conseguiu encostar e nos cinco minutos finais estava dois gols atrás (24 a 22).

Restando 32 segundos e com o placar apontando 26 a 25, a equipe paulista teve a chance de empatar, mas Mateus fez duas belas defesas. São Paulo ainda sofreu falta com o cronômetro zerado. Segundo a regra do handebol, o jogador precisa bater sem a bola em movimento. Foi o que fez Estevan, que tirou da barreira, mas arremessando para fora. Festa e choro paranaense. “Nossa tática ganhou o jogo. São Paulo é mais forte individualmente, mas conseguimos segurá-los cadenciando o ritmo”, tentou explicar o técnico César Casagrande entre lágrimas.

Por sua vez, o treinador paulista, Álvaro Herdeiro, culpou o nervosismo de seu time pela derrota. “Não repetimos as atuações das outras partidas. Nossa equipe se perdeu em vários momentos do jogo, até mesmo porque o Paraná mostrou uma defesa forte e impediu que tivéssemos uma finalização rápida, o que gerou precipitação no ataque”, disse.

Troféu Eficiência

São Paulo retomou o Troféu Eficiência Adhemar Ferreira da Silva dos Jogos da Juventude, que havia perdido no ano passado para o Rio de Janeiro. No último dia da sétima edição do evento, ontem, em Brasília, a delegação paulista somou 253 pontos e garantiu a primeira posição. Os cariocas terminaram em segundo lugar, com 208 pontos, apenas um ponto à frente dos paranaenses. O Distrito Federal terminou em sexto lugar, com 133 pontos. O prêmio foi entregue na tribuna de honra do Estádio Mané Garrincha.

“O Troféu Eficiência visa o equilíbrio. O sistema de pontuação premia o estado que está desenvolvendo com mais competência o esporte como um todo. A contagem pelo quadro de medalhas é injusta”, disse Jessé de Oliveira, coordenador geral dos VII Jogos da Juventude. Ao longo dos dez dias de disputas foram distribuídos pontos do primeiro ao oitavo lugares para se apontar os campeões das modalidades.

Já o Troféu Disciplina foi vencido pelo Distrito Federal. O prêmio é entregue à delegação que melhor se comportou durante os jogos. Seja durante as competições ou fora delas, nas instalações oferecidas aos atletas no período dos jogos.

O Rio de Janeiro, que tentava o bicampeonato, passou boa parte da competição atrás do Paraná. Mas, no último dia, os bons resultados na natação colocaram os cariocas na segunda colocação. Depois aparece o Paraná, seguido de Santa Catarina (150), Rio Grande do Sul (149), Distrito Federal, Minas Gerais (119), Pernambuco (106), Mato Grosso do Sul (64), Espírito Santo (62), Pará (60), Rio Grande do Norte (56), Maranhão (46), Goiás (46), Ceará (44), Mato Grosso (26), Paraíba (25), Amazonas (22), Piauí (16), Alagoas (16), Tocantins (14), Bahia (14), Sergipe (11), Amapá (2), Roraima (1). Acre e Rondônia não pontuaram.

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