O Paraná Clube segue surpreendendo e se mostrando um time de muitas facetas nesta Série B. O Tricolor já passou por várias fases ao longo da competição. Só não conseguiu, mesmo, superar a barreira da 11ª colocação, uma “maldição” que carrega desde o ano passado, quando só lutou para não cair. A dez rodadas do fim da temporada, o filme de terror se repete e a cada jogo novos sustos fazem o torcedor paranista entregar os pontos, jogar a toalha e só rezar para não ver seu clube de coração relegado à terceirona, como outros grandes clubes tradicionais do futebol brasileiro.
O Paraná já posou de “Robin Hood”, roubando pontos das equipes que lutam pelo acesso e depois entregando-se “por bem” a clubes da ponta de baixo da tabela. Já foi eficiente em casa -sob o comando de Sérgio Soares -, mas sem repetir a mesma performance na condição de visitante. Agora sob as rédeas de Roberto Cavalo, o perfil se transformou. Se fora de casa o Tricolor conseguiu encontrar uma equipe coesa (com 100% de aproveitamento), diante de sua torcida a equipe desandou. Com apenas um ponto em três jogos, vê fantasmas e já admite que o grupo está atuando sob pressão.
Mas, que pressão é essa? A média do Paraná não passa de 4 mil torcedores e mesmo assim o time se mostra emocionalmente instável. Novo revés na próxima sexta, frente ao “arrumadinho” Atlético Goianiense, pode fazer com que o Tricolor se afunde ainda mais na tabela, voltando à beira do abismo. “Temos que reagir já. Não dá para ficar adiando”, sentenciou Cavalo. O receio do treinador é chegar à última rodada, no dia 28 de novembro, precisando do resultado frente ao Fortaleza – outro candidato ao rebaixamento – em jogo marcado para a Vila Capanema.
Porém, caso Cavalo não encontre a fórmula para vencer em casa, o Paraná se verá obrigado a vencer pelo menos três dos jogos que disputa fora de seus domínios para sobreviver na Segundona. Isso, usando como parâmetro o atual rendimento da equipe desde a chegada do treinador. E Roberto Cavalo já tentou de tudo nos três jogos que disputou em casa. Mais do que nunca, o Paraná se tornou dependente de Davi e Rafinha. Mais do que torcer, os paranistas seguem na sua corrente de orações, contra “o pior”.




