Paraná espera vender Márcio

A semana pode ser decisiva para o centroavante Márcio. Com o retorno do empresário Juan Figger – que estava na Europa – a venda do jogador pode ser definida. O Paraná Clube espera esta transação para poder planejar o seu departamento de futebol para a temporada 2003. A diretoria não esconde que é preciso negociar pelo menos um jogador para equilibrar as finanças do clube. Com baixas cotas de tevê e arrecadações ínfimas nas competições em que participa, resta ao Tricolor negociar as suas revelações.

A nova filosofia do clube projetou atletas como Goiano, Émerson e Waldir, mas a grande expressão do Paraná continua sendo o atacante Márcio. Em três anos e meio no grupo principal, ele marcou 55 gols e chegou à condição de quarto maior artilheiro de toda a história paranista, atrás apenas de Saulo, Adoílson e Claudinho. Como 50% dos direitos federativos pertencem a Juan Figger, o Paraná não imagina uma negociação inferior a U$ 3 milhões. Figger se reúne com Sérgio Malucelli, do Iraty, com quem mantém uma parceria. Deste encontro pode ser definido o futuro de Márcio.

“Não há o que inventar. O futebol é feito de patrocínio, cotas de transmissão, bilheterias e negociações de atletas”, comenta o presidente Enio Ribeiro de Almeida. “Hoje, estamos à margem das grandes cotas e nossas arrecadações são ínfimas. Enquanto o Paysandu – que está num mesmo patamar em relação às verbas de televisão – coloca 40 mil pessoas no estádio, temos dificuldade para alcançar um público médio de 5 mil”. Sob esta ótica, a grande fonte de renda do Paraná Clube continua sendo a transferência de jogadores.

A temporada 2002 está chegando ao fim e até o momento o clube não conseguiu um negociação rentável. Lúcio Flávio esteve no São Paulo e no Coritiba, mas não houve a projeção esperada, o que poderia garantir valores expressivos nesta entre-safra do futebol brasileiro. Também neste ano, o clube conviveu com vários problemas na Justiça do Trabalho. Este foi o caminho escolhido pelo zagueiro André e pelo meia Fredson, que ante aos atrasos salariais e de encargos conseguiram liminares e foram para outros clubes sem que o Tricolor obtivesse retorno algum nas transferências.

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