Paraná enfrenta o vice-líder da Segundona fora de casa

O Paraná Clube entra em campo hoje – às 20h30, no Serra Dourada – disposto a pôr um fim ao “efeito gangorra”. Numa temporada marcada por oscilações, o Tricolor tenta se agarrar em uma posição intermediária na tabela de classificação para não passar mais sufoco.

O desafio é parar o vice-líder Vila Nova, ainda invicto jogando em seus domínios. A partida é marcada por diferenças significativas. Se o Tigre goiano ainda não perdeu em casa, o time de Paulo Comelli ainda não conseguiu uma vitória sequer na condição de visitante.

O Vila Nova já deu início à contagem regressiva para o acesso à Série A e convoca seu torcedor para lotar o Serra Dourada, hoje. Já o Paraná vem de uma seqüência de duas vitórias em casa e buscando pontos para se manter na Série B do ano que vem.

Se os goianos jogam suas fichas na experiência de seu time e na “estrela” de Túlio, o artilheiro da Segundona (21 gols), o representante paranaense faz da juventude sua principal arma, com o xerifão Fabrício e o meia Giuliano sendo os principais destaques do reformulado Paraná.

Ao longo da competição, o Tricolor conseguiu alguns bons momentos, que eram logo seguidos por uma queda vertiginosa. Agora, a meta é comprovar que o time enfim encontrou um padrão de jogo.

“Temos que mostrar que o grupo é confiável. Que o torcedor não vai mais ficar sofrendo e apreensivo com o futuro do Paraná”, disse Fabrício, talvez a principal figura neste novo momento do time. Com apenas 18 anos, ganhou a vaga de titular com sobras e mostra uma personalidade fora do comum para atletas com essa idade.

O 12.º lugar que a equipe atingiu é também a melhor colocação do Paraná na competição (antes disso, já havia ocupado essa mesma posição, na 13.ª rodada). Depois disso, foram sete derrotas seguidas, em meio à mudança no comando técnico.

“Agora, o momento é outro. O time está ajustado tática e emocionalmente. Temos que buscar pontos fora, para não adiar tudo para as últimas rodadas”, lembrou Giuliano.

Somar pontos em “terreno inimigo” é fundamental, na visão dos atletas, para evitar a pressão nas últimas rodadas. “Se ficarmos esperando apenas os pontos em casa, vamos definir nossa vida somente na penúltima rodada. Não queremos isso”, completou Giuliano.