Paraná derruba tabu e crava sua primeira vitória fora de casa

O Paraná Clube venceu seus “bloqueios emocionais” e pôs fim ao longo jejum de vitórias fora de casa. E com estilo. O time de Adílson Batista abandonou o pijama e humilhou o Vasco em São Januário: 4×1. O resultado também encerrou a longa invencibilidade (22 jogos) do time carioca em seus domínios. Após nove meses e 13 jogos, o Tricolor finalmente transformou-se em um visitante indesejável e subiu três pontos na tabela declassificação.

A opção de colocar Goiano para executar marcação individual sobre Edmundo não surtiu o efeito desejado. O Vasco foi mais consistente no início do jogo e chegou com perigo logo aos 3 minutos, numa cobrança de falta de Marcelinho. Flávio escorregou, mas mesmo assim conseguiu tocar na bola e Ageu afastou o perigo. O Paraná não teve a mesma sorte cinco minutos depois. Marcelinho colocou muito efeito numa cobrança de falta pela ponta direita, Goiano não acompanhou Edmundo e o atacante nem precisou saltar para, de cabeça, marcar seu 98º gol em campeonatos brasileiros.

A rigor, o jogo para o Vasco terminou aí. Mesmo tendo mostrado certa instabilidade para “encaixar” no novo esquema tático, o Paraná foi encontrando espaços ante à frágil marcação vascaína. Marquinhos aproveitou a liberdade para comandar o meio-de-campo e dar início a uma “blitz” sobre o goleiro Fábio. Aos 13 minutos, Maurílio recebeu de Caio e chutou fraco. O próprio Marquinhos finalizou de fora da área, ao 15 minutos, e Fábio espalmou. A pressão continuou com Caio, aos 19 minutos, mas o chute parou novamente nas mãos do goleiro.

Aos poucos o Vasco conseguiu melhorar seu posicionamento e Marcelinho quase ampliou em nova cobrança de falta. O empate veio aos 30 minutos. Wellington Paulo “deu um bote” errado e Maurílio teve espaço para dominar e chutar cruzado, de perna direita. No final, Edmundo conseguiu se livrar novamente de Goiano e chutou para a defesa de Flávio. No intervalo, Adílson Batista tratou de corrigir a marcação sobre o Animal e o jogo tornou-se ainda mais “truncado”. O segundo tempo teve poucas jogadas de área, até que Renaldo quase marcou “de bicicleta” após cobrança de escanteio. Fábio fez uma ótima defesa, aos 21 minutos.

Antônio Lopes tentou tornar seu time mais ofensivo e o Paraná Clube soube tirar proveito desta ousadia. Aos 27 minutos, Maurílio levantou na área e Cristiano Ávalos subiu mais que Wellington Paulo para cabecear no canto direito e “virar” o placar. Com boa posse de bola, o Tricolor “cozinhou o bacalhau” e ainda criou as jogadas para definir mais uma goleada sobre cariocas neste Brasileirão. Fabinho fez “de primeira” após cruzamento de Fernandinho, aos 41 minutos. No final, aos 45 minutos, Valentim cruzou e Fernandinho só teve o trabalho de escorar para definir o resultado.

CAMPEONATO BRASILEIRO

16ª RODADA – 1º TURNO

Local:

São Januário (Rio de Janeiro).

Árbitro:

Alício Pena Júnior (FIFA-MG).

Assistentes:

Rodrigo Otávio Baeta (MG) e Márcio Eustáquio Santiago (MG).

Público:

5.140 (7.832)

Gols:

Edmundo a 8? e Maurílio a 30? do 1º tempo. Cristiano Ávalos a 27?, Fabinho a 41? e Fernandinho a 45? do 2º tempo.

Cartões amarelos:

Claudemir, Wellington Paulo, Bruno Lazaroni, Marcelinho Carioca e Edmundo (Vas). Flávio, Pierre e Fernando Miguel (Par).

 

VASCO

1×4

PARANÁ CLUBE

VASCO

Fábio, Claudemir, Wescley, Wellington Paulo, Edinho, Henrique (Danilo), Bruno Lazaroni (Da Silva), Moraes, Marcelinho Carioca, Souza (Donizete), Edmundo, Técnico: Antônio Lopes

PARANÁ

Flávio, Cristiano Ávalos, Ageu, Goiano, Caio (Valentim), Pierre, Fernando Miguel (Émerson), Marquinhos (Fernandinho), Fabinho, Maurílio, Renaldo, Técnico: Adílson Batista

 

CBF define hoje local do jogo contra o Grêmio

O jogo entre Paraná Clube e Grêmio, inicialmente marcado para quarta-feira, no Pinheirão, já está cancelado pela Federação Paranaense de Futebol. Ela enviará um ofício à CBF hoje à tarde, comunicando a impossibilidade da realização da partida, por causa da queda do muro em frente ao estádio, pelo vendaval de ontem à tarde.

O presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, passou pelo local para constatar pessoalmente os estragos que, além do muro, derrubaram árvores em frente ao Jóquei Clube. O vento atingiu toda a curva em frente ao estádio. A Federação decidiu que não erguerá o muro esta semana, pois ele já seria substituído pela construção das arquibancadas atrás do gol de entrada. Com as obras, o muro desapareceria. A pretensão da FPF e do Paraná Clube é terminar as obras para o jogo contra o Criciúma, no dia 16 de julho.

Como o estádio Couto Pereira será ocupado com Coritiba x São Paulo, o mais provável é que o jogo do Paraná seja transferido para outra data.

Antônio Lopes se nega a explicar goleada

O técnico Antônio Lopes era a imagem do desânimo na noite de sábado, após a goleada de 4 x 1 imposta pelo Paraná Clube ao Vasco, em pleno estádio de São Januário. Visivelmente abatido, Lopes se negou a explicar os motivos que levaram o time a ter uma atuação tão fraca, mesmo com astros como Edmundo e Marcelinho em campo.

“Não adianta: não vou explicar nada, tampouco falar onde erramos. Só posso dizer que vínhamos jogando relativamente bem até fazer o gol, nos minutos iniciais do primeiro tempo. Depois nos descontrolamos inexplicavelmente.”

Mas o técnico deixou claro que não gostou de saber das declarações do atacante Edmundo, que alfinetou Marcelinho ao dizer que o time jogou mal porque não tinha um homem de criação: “Acho que esses problemas devem ser conversados internamente. Sempre fazemos uma reunião após os jogos para comentar erros e acertos”, revela.

Lopes se negou também a comentar o fato de Edmundo ter ido ao banco algumas vezes durante o segundo tempo para pedir a entrada do meia Léo Lima. “Não vou falar nada a respeito disso”, declinou o treinador, que optou por colocar o meia Danilo em campo no segundo tempo.

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