Paraná definido “na cabeça” de Adílson Batista

“É melhor deixar o Nelsinho quebrar um pouco a cabeça.” Esta foi a justificativa dada pelo técnico Adílson Batista para a manutenção de uma “dúvida” na escalação do Paraná Clube para o jogo de amanhã, às 16 horas, frente ao Flamengo, no Pinheirão. Foram somente quatro dias de treinamentos sob seu comando e por isso a aposta é na manutenção da base, mas com algumas inovações, como a possível presença de Flávio Guilherme no ataque.

O centroavante leva vantagem na disputa com Fernandinho e Dennys. Flávio tem boa presença de área, o que pode ser um fator decisivo para este jogo. “Tenho a possibilidade de usar um ponta aberto – no caso Dennys -, um meia-ofensivo – aí, Fernandinho seria mantido – ou um atacante mais agudo.” As três situações foram treinadas durante a semana, mas Flávio Guilherme ficou sempre mais tempo em campo, formando com Renaldo um ataque com maior “poder de fogo”.

A escolha de Adílson está diretamente ligada à dificuldade do Flamengo na definição do seu sistema defensivo, pois Váldson está suspenso e Fernando lesionado. O volante Fabiano Eller deve mais uma vez ser improvisado no setor. “Temos que explorar as eventuais deficiências do adversário, mas sempre tendo em mente que o Flamengo possui um elenco qualificado e um técnico inteligente”, ponderou Adílson Batista. Ele poucas vezes utilizou o meia Fernandinho no time principal durante a semana.

O jogador não treinou um dia devido a uma forte gripe e nas sessões seguintes ficou entre os suplentes. “Até porque eu já o vi em jogos anteriores e ele está adaptado ao time”, comentou o técnico. Esta indefinição quanto ao 11.º jogador da equipe persistirá até amanhã, meia hora antes de a bola rolar. “Este é meu jeito de trabalhar. Tenho o time pronto na cabeça e os jogadores saberão antecipadamente quem joga”, comentou o treinador.

Quem tem presença assegurada é Pierre, como o substituto de Émerson, suspenso. Ele deverá ser o “companheiro inseparável” de Felipe neste jogo. Esta pode ser a única marcação individual adotada por Adílson Batista para este jogo, mas os zagueiros e o volante Fernando Miguel também terão que tomar cuidado com os avanços dos alas e com a criatividade de Fábio Baiano.

Paraná ganha mais um round contra a Rede

O Paraná Clube obteve nova vitória judicial na “eterna” disputa com a Rede Ferroviária Federal pela posse definitiva da área onde está localizado o Estádio Durival Britto. O litígio se estende por três décadas e apesar de mais uma sentença favorável ao clube está longe de uma definição a não ser por composição. A sentença da ação reivindicatória impetrada pela Rede Ferroviária Federal S/A foi expedida pelo juiz de direito Carlos Eduardo A. Espínola, no último dia 27 de maio.

Em seu despacho, Espínola julga “improcedentes os pedidos da autora e, desta sorte, declaro, por sentença, o domínio e a posse do Paraná Clube sobre a área por ele ocupada”. A sentença servirá como título para matrícula, no registro de imóveis competente. O advogado do Paraná, Márcio Nóbrega Pereira, responsável pelo acompanhamento desta ação, confirmou que a decisão está sujeita a recurso na esfera estadual e, posteriormente, federal.

“É impossível precisar quanto tempo será necessário para uma sentença definitiva”, confirmou. “Esta é uma segunda ação movida pela Rede e na primeira, de natureza possessória, obtivemos sucessivas vitórias”, informou. Mesmo com a sentença do juiz da 18.ª Vara Cível, o Paraná continuará impossibilitado de realizar benfeitorias no estádio e de conseguir o registro definitivo do imóvel. “Enquanto não houver uma sentença final, não há o que fazer”, disse Nóbrega.

Para o advogado que também integra o atual Conselho Administrativo do Paraná, esta vitória na Justiça pode abrir caminho para uma composição amigável. “As duas partes estão nesta disputa há trinta anos e não há previsão para um fim. O acordo seria a saída mais rápida”, reconhece. Com o processo de liquidação da Rede Ferroviária Federal, conversações neste sentido tiveram alguns abalos. “Houve mudança de interlocutor e isso dificultou bastante”, lembrou. Márcio Nóbrega não confirmou qual tipo de composição seria sugerida pelo Paraná (compra por uma das partes, venda e divisão da receita, etc…). A área está situada em região valorizada de Curitiba, entre as ruas Engenheiros Rebouças e Maurício Fruet.

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