O Paraná Clube, momentaneamente, muda de casa. O jogo frente ao Grêmio foi confirmado para a próxima quinta-feira, às 20h30, no Couto Pereira. O vendaval do último domingo provocou muitos estragos no Pinheirão e ontem à tarde diretorias de Paraná, Coritiba e Federação Paranaense de Futebol acertaram a mudança da data e do local da partida junto à Confederação Brasileira de Futebol.
Os ingressos começam a ser vendidos hoje e sem alterações de preços. A expectativa dos dirigentes é que a goleada sobre o Vasco da Gama, no último sábado, atraia um bom número de torcedores ao Alto da Glória, elevando a média de público da equipe neste Brasileirão.
A possibilidade da transferência do jogo para o fim do mês foi descartada internamente, após uma consulta dos dirigentes à comissão técnica e jogadores. O Paraná ainda sondou a possibilidade de utilizar o estádio Joaquim Américo, mas o Atlético confirmou que o gramado ficou sem condições após a partida contra o Corinthians, disputada sob chuva. Até mesmo a realização do jogo no interior do Estado chegou a ser estudada. O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, ofereceu o estádio Olímpico Regional, devido à forte influência gaúcha na região. Só que haveria dificuldades como a necessidade de uma vistoria no local e a própria viagem.
“Teríamos um desgaste desnecessário com o deslocamento para Cascavel, sendo que no domingo já teremos que jogar em Florianópolis”, comentou o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima. A saída foi, então, entrar em acordo com o Coritiba e marcar o jogo para quinta-feira. “Agora, é torcer para o tempo melhorar, para que o gramado não fique muito prejudicado após o jogo entre Coritiba e São Paulo, nesta quarta-feira”, disse o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. O dirigente não revelou valores, mas disse que o aluguel de campo ficou dentro de “parâmetros aceitáveis”.
Os ingressos começam a ser vendidos hoje, em todas as sedes do Paraná – Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão – e na loja do Tricolor (Big das Torres). Os preços não foram alterados: cadeiras, R$ 30,00; arquibancada, R$ 15,00; sócios, R$ 15,00 (com acesso às cadeiras); menores e estudantes, R$ 7,50; setor Pai-e-Filhos (nas cadeiras da Rua Mauá), R$ 15,00. A federação já está trabalhando no Pinheirão para que no jogo frente ao Criciúma, no próximo dia 16 de julho, o Paraná já possa retornar ao seu estádio, onde, até aqui, tem um aproveitamento de 70,83%, com cinco vitórias, dois empates e somente uma derrota.
Adílson aprova time de sábado, mas deve mexer
Satisfeito, mas não empolgado. O técnico Adílson Batista gostou da atuação do seu time no Rio de Janeiro, quando venceu o Vasco por 4 a 1, mas alertou os jogadores para os erros ainda recorrentes do sistema de marcação. Diante do Vasco, o Paraná voltou a sofrer o primeiro gol e teve que correr atrás da “virada”. Com os quatro gols, o time ao menos voltou a apresentar “poder de fogo”, algo que já tirava a tranqüilidade dos atacantes. Agora com 29 gols, o time tem o quarto melhor ataque do Brasileirão, ao lado de Santos e Atlético Mineiro.
O esquema aplicado em São Januário, porém, pode não ser repetido diante do Grêmio. “Foi uma estratégia utilizada em função do adversário. Agora, temos que repensar, pois o jogo tende a ser disputado num campo pesado, onde a bola parada fará a diferença”, comentou. Adílson Batista terá pouco tempo para preparar o time e tenta driblar outro problema: a falta de um campo ideal para os treinamentos. O gramado da Vila Capanema está sendo recuperado e o Pinheirão não será utilizado no momento.
O Tricolor não terá Pierre, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e o atacante Renaldo ainda será julgado amanhã, na Comissão Disciplinar do STJD. Ele foi expulso diante do Juventude e está incurso no artigo 310 do CBDF, que prevê suspensão de dois a quatro jogos. A fita contendo o lance, onde Renaldo se desentendeu com o jogador do time gaúcho, já foi encaminhada ao advogado do clube, no Rio e há a expectativa de que o atacante venha a ser absolvido. Adílson não antecipou se pretende recorrer ao 3-5-2 ou aplicar o 4-4-2, mas a tendência é utilizar uma formação capaz de ocupar com equilíbrio o meio-de-campo, setor que o Grêmio tende a “congestionar”.