O Paraná Clube já se depara com um clima decisivo na retomada do Campeonato Brasileiro. Na sexta-feira, o time de Dado Cavalcanti encara o América-MG, adversário direto na briga pelo G4 da Série B. Uma vitória pode colocar o Tricolor na zona de acesso, confirmando o bom momento da equipe, que não terá mudanças para o duelo na Arena Independência. Após quase um mês de treinamentos, comissão técnica e jogadores projetam o crescimento do time, que busca manter o embalo da fase inicial da competição.
Na média, o Paraná teve um comportamento elogiado por Dado Cavalcanti. Foram quatro bons jogos e dois “deslizes” fora de casa. Por isso, o jogo em Belo Horizonte tem ainda este ingrediente: provar que o time pode ser eficaz também na condição de visitante. “Time que pensa em subir não pode somar pontos apenas em casa. A ideia é jogar bem sempre, independente(mente) do local da partida”, frisou o meio-campista Rubinho. Com uma vitória e duas derrotas fora, o desempenho do Tricolor, como visitante, é de apenas 33,3%.
Na volta do Brasileiro, o Paraná faz, de cara, dois jogos longe de sua torcida. Após enfrentar o América-MG, o Tricolor irá a Florianópolis para encarar o Avaí. O retorno à Vila Capanema acontecerá apenas na 9.ª rodada, frente ao América-RN, no dia 19 de julho. “Aproveitamos ao máximo essa intertemporada. Como teremos semanas livres durante as próximas rodadas, haverá um tempo interessante para trabalhar mais forte com aqueles jogadores que não estão jogando com tanta frequência”, ressaltou Dado Cavalcanti, já estudando o encaixe de alguns jogos-treinos.
O grupo relativamente numeroso – são 36 jogadores à disposição da comissão técnica -exige criatividade da comissão técnica no sentido de manter todos mobilizados em torno do objetivo principal: o acesso. “Esse é um dos méritos do Dado. O tratamento é igual para todos. Já havíamos visto isso no Mogi Mirim e, aqui, ele precisou de pouco tempo para fechar o elenco em torno de um objetivo comum”, destacou o meio-campista Fernando Gabriel. “Pela forma dele trabalhar, sabemos que quem estiver melhor vai jogar. Isso é muito importante para o atleta”, completou.
Esse clima de total confiança entre atletas e comissão técnica embala o sonho paranista de retorno à elite do futebol brasileiro, após seis anos seguidos relegado à Série B.