Paraná Clube quita parte dos atrasados com os funcionários

Aos poucos, o Paraná vai colocando a casa em ordem. Depois de focar no futebol, trazendo o técnico Ricardinho, e já com um elenco praticamente todo montado para o início da temporada, a diretoria do Tricolor passou a consertar os problemas financeiros. Ontem, o clube acertou parte da dívida de três meses de salários atrasados com os funcionários. Uma parte já foi depositada e praticamente todo o restante será pago amanhã.

De acordo com o superintendente paranista, Celso Bittencourt, tudo foi resolvido após uma reunião com todos os funcionários, na sede da Kennedy. “Está tudo sob controle. Tivemos uma reunião hoje (ontem) com os funcionários e explicamos tudo para eles. Pagamos uma parte da dívida e na próxima sexta-feira (amanhã) vamos quitar outra parte. Aí ficamos praticamente com tudo em dia”, disse.

Assim, o Tricolor cumpre o prometido e chega a um acordo dentro do prazo. A diretoria havia dado sua palavra de que até ontem efetuaria o depósito de uma parcela, ou pelo menos daria uma posição aos seus empregados, estabelecendo uma data para o dinheiro cair na conta. Se não fizesse isso, a situação poderia ficar ainda pior, uma vez que, se nada fosse definido até a meia-noite de ontem, os funcionários ameaçavam iniciar uma paralisação a partir de hoje.

Além disso, no dia 20 de janeiro o Paraná foi sentenciado pelo Ministério Público do Trabalho a pagar integralmente os salários dos empregados até o quinto dia útil de cada mês, por conta dos frequentes atrasos nos pagamentos, tanto de salário quanto do 13.º e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Do contrário, teria que depositar, como multa, R$ 1 mil por dia para cada funcionário, até quitar todos os atrasados. Isso poderia acarretar em um rombo nos cofres do clube, uma vez que o quadro abrange cerca de 300 pessoas. Porém, o Tricolor recorreu da sentença, por conta da multa estipulada, e o caso será julgado novamente, mas ainda sem uma data definida.

A partir de agora, o objetivo da diretoria é evitar que estes atrasos nos pagamentos e greves de jogadores e de funcionários se repitam. O Tricolor convive com esse cenário desde o final de 2009. “Nunca escondemos que passamos por dificuldades financeiras, mas estamos correndo para não termos mais estes problemas”, declarou o superintendente.