A recente vitória sobre o Ceará deu novo ânimo ao Paraná Clube. A meta, agora, é manter o embalo para buscar a melhor colocação possível nesta Série B. Com o sonho do acesso adiado por mais um temporada, resta ao Tricolor buscar um fim de ano marcado por vitórias, já projetando um 2013 mais animador. O rendimento nestas últimas rodadas servirá também para que a comissão técnica defina seus conceitos em relação à montagem do grupo para a disputa do Campeonato Paranaense, a partir do dia 20 de janeiro.
Só que para tratar abertamente desse assunto, o técnico Toninho Cecílio quer primeiro atingir a marca dos 45 pontos. “Precisamos deste porto seguro. Por mais que tenhamos uma vantagem boa para a turma lá de baixo, é importante ter a segurança matemática”. Por isso, o treinador traçou a meta de buscar seis pontos nesta mini-excursão por Ceará e Santa Catarina. “Demos o primeiro passo vencendo bem o Ceará. Agora, falta consolidar esse momento de evolução do time”, lembrou o polivalente Douglas Packer.
Após comandar a equipe por seis jogos – com direito a atuações marcantes frente a Vitória e Criciúma, líderes da competição -, Toninho Cecílio se sentiu mais à vontade para lançar mão do grupo e se dar ao luxo de poupar determinados atletas, como Vandinho e Fernandinho, que não enfrentaram o Ceará. “A ideia é ter o time na sua plenitude física e técnica em todos os jogos. Isso só é possível utilizando todo o elenco”, frisou o treinador. A estratégia deu certo em Fortaleza, onde mesmo tendo ficado reduzido a apenas nove atletas em campo, sobrou transpiração ao time.
Hoje, na teoria, o Paraná ganha qualidade técnica. Mesmo sem contar com Wendell Borges, Ricardo Conceição e Luisinho, todos suspensos. Isso porque o técnico terá as voltas de Vandinho, Fernandinho e Lúcio Flávio. O time pode até perder um pouco da velocidade sem a presença de Luisinho, mas terá maior criatividade com Lúcio Flávio e Fernandinho em campo. Resta saber qual será a estratégia de jogo a ser colocada em prática. O bom desempenho no Nordeste aponta para a manutenção do 3-5-2, mas Cecílio tem dado mostras de que prefere definir o esquema tático a partir da postura do adversário.
“Quando você pega um time com dois atacantes agudos, justifica-se a presença dos três zagueiros. Então, vou esperar um pouco antes de anunciar o time”, disse Toninho. Ontem, no CT do Figueirense, ele comandou um último trabalho, fechado à imprensa. Além da questão tática, fica a incerteza quanto ao ataque. O treinador pode escalar apenas Arthur mais à frente, fortalecendo o meio-campo com Packer e Lúcio Flávio. A definição ocorre somente momentos antes da partida.
